CIÊNCIA
E FÉ
Estamos
neste século XXI avançando no pensamento filosófico e científico que coloca a
fé e a ciência em posições oposta, porém, que buscam os mesmos objetivo e
conclusões analíticas e conceituais.
É
notório que no âmbito das ciências, a racionalidade toma o lugar do pensar científico,
na busca de respostas pesquisadas e apuradas segundo raciocínios matemáticos,
geográficos, sociológicos, entre outros quesitos, excetuando-se as vertentes “teológicas”,
abraçadas pelas convicções da fé.
Os
cientistas são conduzidos pelos conceitos racionais que a física, a matemática,
a geologia, a medicina, e a própria filosofia, ensejam herméticas no bojo de
suas formulações de pesquisas e conceitos científicos.
Os teólogos concebem o pensar da
fé, como o suporte que transcende a razão para as conceituações científicas.
Elas estarão sempre escoradas pela razão. É no raciocínio, que a fé esclarecida
nos ditames soberanos do Criador e autor de toda a criação (universo e Terra),
se aproxima da ciência, numa tentativa de complementar suas leis e conceitos, para
conceber um equilíbrio do entendimento entre as duas correntes!
Conceitos
científicos e assertivas da fé são observados mergulhados nos conceitos de um e
de outro princípio filosófico. Diferente dos parâmetros que regia o
entendimento nos séculos XVI, onde DESCARTES, e tantos outros filósofos,
debatiam suas diferenças, e a religião (Igreja) tomava suas posições como a
matriarca soberana acima daquelas teorias, hoje neste século XXI o progresso
das novas filosofias modernas, estão se encaixando num complementariedade de
conceitos entre fé e ciência!
Cientistas
e religiosos dão-se as mãos num esforço conjunto para pensarem as questões que
envolvem premissas humanas (racionais) e Deus (causa primária de toda a
criação)
“Ptolomeu”
no seu tempo afirmava que a Terra estava no centro do sistema solar! Era a
teoria do “Egocentrismo”... Em oposição,
“Nicolau Copérnico”, afirmava a teoria do “Heliocentrismo” que era a Terra e os
demais planetas quem giravam em torno do Sol.
A Ciência leva o homem ao conhecimento experimental
das leis do mundo natural, a fé o transporta à transcedência do
sobrenatural. A fé, no seu sentido próprio e pleno, supõe credenciais racionais
que indicam ao fiel, que ele pode crer; que tal artigo de fé não é absurdo, ilógico ou irracional.
Teles
(2005) afirma que, desde os primórdios da existência do ser humano, se busca
explicações para os fenômenos naturais e de sua realidade ou existência, e uma
das maneiras encontradas foi a religiosa. E, através de mitos, diversas
culturas pré-científicas buscaram respostas para questões existenciais. Uma
nova visão da realidade surgiu com um enfoque mais racional com os filósofos
pré-socráticos; e muitos mistérios que até então eram apenas explicados pela
Religião, foram elucidados e comprovados pela Ciência.
Encontramos
na literatura bíblica, conceituações sobre “ciência e fé” que se complementam
mutuamente. Da sabedoria divina imana revelações muitas vezes científicas e transcendentes,
ou seja, que entram para a esfera da fé! Vejam, por exemplo, a questão do Santo
Sudário que envolveu Jesus sepultado no seu túmulo. As marcas do seu rosto,
segundo as pesquisas científicas comprovam, que possantes raios de luz emanaram
de dentro para fora, gravando em negativo (princípio da fotografia) as marcas
do rosto de Cristo. Nesse evento, temos, e, se percebe, os dois lados (fé e ciência),
que, não se contradizem. Tanto a ciência quanto a fé, caminham juntas na
explicação do mistério!
Se,
por um lado, a fé leva à transcendência na compreensão das coisas e mistérios
de Deus na criação e no comando do universo com todas as suas leis, que regem
movimentos, tempo, espaço, numa perfeita orquestração, a ciência tem seus
embasamentos através das pesquisas, e dispõe de ferramentas que o próprio Deus propiciou
para que o homem avançasse seus estudos e desenvolvimentos racionais na busca
de definições, que, afinal de contas, não são contrários ao que propõe os
conceitos da fé.
Jose
Alfredo – jornalista católico
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