domingo, 31 de maio de 2020


APÓS A FRONTEIRA

Depois de virada a página da pandemia, como será o outro lado?
Com a queda da máscara haverá o aperto de mãos ou o beijinho?
Será espontâneo o abraço, o ficar perto ou coladinho do namorado?

Reavaliado serão os critérios do meio ambiente gerador de vírus?
Critérios com certeza serão adotados nas medidas contenciosas
E, possivelmente máscaras da ignorância relevem circunstâncias!

A virada de chave como procedimento das consciências vai pesar
A experiência da pandemia é um mal que alerta muito para o bem!
O povo passa a régua em muita coisa errada para a vida recomeçar!

A maioria dos indivíduos não vai ser a mesma após a pandemia;
“Macaco velho não mete a mão em cumbuca”!  Vê sempre arapuca...
Cuidados profiláticos serão dever de todos em empatia!

A pandemia trouxe um divisor de águas: O antes e o depois!
Antes as aglomerações eram vetores de propagação rápida do vírus;
O depois vai ser difícil se aproximar das pessoas, ora pois...

Ajuntamentos, aglomerações, feiras livres, estádios lotados,
Cinema, shoppings, Missas, praias, veículos coletivos serão
Sempre lembrados como  garras afiadas do vírus malvado!

 Depois de passarmos as fronteiras do corona pegaremos
A carona do bom senso nos cuidados com a saúde, e
Evitaremos o contágio da sinistra gripinha, e não cederemos!

Jose Alfredo





DOGMAS, e, dogmas

Em que, dogma ponho minha crença?
De alguma ideologia sou sua pertença?
Ou creio numa doutrina religiosa como
Premissa fundamental, e, indiscutível?

O presumível é, que, pela fé temos os
Verdadeiros dogmas imutáveis!
Pois, deles emana o húmus da crença;
Ponto fundamental do elo espiritual!

DOGMAS, e, dogmas são diferentes:
“Dogmas” de constituições em ações
Do universo humano falíveis!
Perecíveis, e, não perenes pela fé!

“DOGMAS” de fé eclesial como certezas
Imutáveis da crença de vida eterna!
Sacramentos como laços de fortaleza
A ligar a Terra ao Céu, que, tudo governa!

DOGMAS do Espírito Santo de tanto encanto
Sopra onde quer, doce brisa, e, água pura,
Cristalina, e, transparente; Dogma imanente!

 Dogmática Igreja forjada em Pentecostes!
Dois mil anos de perenidade, teus dogmas
Imutáveis, não vieram do mundo como hostes
Mas, revelados pelo Pai no Filho são paradigmas!

Se, creio pelo suporte da fé, balizo pelos dogmas
Que regem a Igreja Católica na sua doutrina,
Os sacramentos, que capacitam receber as graças
De, Deus, destinadas aos que creem como filhos seus!

Jose Alfredo








AVESSO DO AVESSO – O caminho das inversões

Assim caminha a humanidade, como já dizia a velha máxima do filme de James Dean, numa amostra do que estamos nesse pleno caminhar nos dia de hoje!
Os antigos valores, da ética cidadania, trabalho digno, família, juventude, Igreja, Estado, enfim, sorrateiramente vem sendo corrompido num autêntico “avesso” dessas realidades que fazem parte da nossa cultura ocidental.
A começar por um Estado patrimonialista, que invade despudoradamente as relações democráticas entre patrões e empregados, empresários e suas demandas, rotatividade das economias, consolidação de uma cultura desvairada pelos caminhos da arte sensual, da ausência da ética, e, sobretudo, de um Estado autoritário, que, a serviço dos escusos interesses econômicos financeiros, manipulam os recursos como ferramentas de opressão de uma cultura de massa.
Vivemos hoje, um avesso do avesso, do que nos fora legado a cinquenta anos atrás pelos nossos antepassados.  O aparelhamento gradual desse Estado hipócrita foi subtraindo da cultura, e subvertendo as verdades culturais, em nome de um latente socialismo/comunismo aviltante às nossas tradições pátrias e de cidadania!
O que, se vê nos dias atuais, mostra bem essa nova ordem mundial e novas “ideias” de domínios de uma elite dominante das inteligências sociais. Um pequeno exemplo pode dar nome “a esses bois”: 1% dos mais ricos, e, que detêm as fortunas do mundo prevalecem sobre as forças produtivas dos restante 99% de pobres nesse desafortunado universo!
A começar pelo domínio do poder financeiro, passando pelos domínios cultural/universitários, solapando nesse leque na contra mão dessa inversão, temos os salários injustos da classe dos trabalhadores. Professores pessimamente remunerados, expressiva parcela da população na economia “informal”...
Na esfera política, temos então o suprassumo desse aparelhamento... Um Congresso manipulado para hostilizar todas as tentativas de governo na nítida intenção de destruí-lo...
Não menos ridículo é o papel das Instituições De Justiça, como O Supremo Tribunal Federal puxando o carro, seguido pela OAB e outros que tais, controlando e mal aplicando leis contradizendo as prescrições da Constituição Federal, nossa Carta Magna, que, deveria reger essas instâncias.
Nas mídias televisivas, o avesso se apresenta com sórdidas manipulações socialistas, embutidas na produção de notícias, e subliminarmente inoculam mentiras construídas se passando como verdades enrustidas agredindo valores familiares, de cidadania, culturais e fermentando um caldo de ranço contra as Forças Armadas e a Igrejas.
Na verdade, esse processo, podemos assim dizer, teve seu começo com força total a partir da saída dos governos militares pós 64, e que deram lugar e vez ao domínio sorrateiro das esquerdas petistas/comunista/socialista,
Porém, esse gradual e lento processo, tem suas vertentes nos mais distantes movimentos  gerados pelo “Iluminismo francês, Guerra fria, China, Rússia e Cuba” que, exportaram pelo mundo, principalmente pelo terceiro mundo (onde se acha o Brasil), suas ideologias, que, sobejamente, pode-se perceber, calcadas nas suas cartilhas, as estratégias de subversão de acervos culturais, econômicos e sociais do ocidente.
Percebe-se que, países da América Latina como Venezuela, Bolívia, Argentina, Chile, entre outros, estão sendo vítimas dessa sorrateira invasão socialista, com os aparelhamentos de seus Estados. O Brasil começa a entrar nesse processo, porém, vê-se a pressão popular a lhe fazer oposição escorada no apoio das Forças Armadas e sob o pulso firme do Presidente eleito por uma espetacular parcela (57 milhões) de eleitores, que representam a força contrária a enfrentar no auge de sua plenitude democrática as intenções nocivas.
Portanto, o que vemos hoje, é uma tentativa de desmonte de estruturas culturais construídas por valores da nossa própria gente brasileira, solapando valores éticos, nas famílias, juventude, cidadania, militares, eclesiais, universitárias, e de forma abrangente sócio/políticas/econômicas.

Jose Alfredo - jornalista



sábado, 30 de maio de 2020


NÃO CREIO E DESCONFIO

Tantos desencontros me levaram ao descrédito...
Sem crédito ponho tudo no débito das mentiras.
Desconfio de tudo, e, de todos nesta pandemia!
Da informação à epidemia, não há sinergia!
Dos hospitais, e, outros que tais, não confio!...
Desconfio das redes sociais, dos telejornais,
E, dos papos sensacionais sobre o COVID, que,
Sem convite invade qualquer lugar, que, não foi
Chamado... Com  máscara ou sem, não creio também!
Matança em hospitais levam médicos, e, enfermeiros
Aos umbrais do terrorismo da saúde!...  Minha
Conclusão é ficar mesmo em casa de reclusão!

Os discursos não se encaixam; De um lado, os
Médicos, e, do outro os políticos! ... E, por fora
A polícia batendo, e, prendendo como se fosse
Situação de guerra... Toda descrença desterra!
A única realidade vista, é que, muito se enterra!
E, nesta terra de caciques, tem muitos índios
Feitos manadas conduzidas ao matadouro!

Desconfio de tudo, e, de todos!  Nada me convence;
Não consigo acreditar, e aceitar, o que, me chega aos
Ouvidos e olhos, num claro atentado à minha razão!
Não me faz sentido nem lógica ao raciocínio recorrer
Aos hospitais, Prontos  socorros, farmácias, disque que,
Me disque, ou qualquer outra opinião da vizinhança
Para me convencer sobre essa praga inóspita que nos
Assola, e, a qualquer outra informação só desconsola!
Dos governos, somente disputas e hostilidades políticas
Fazendo da pandemia, trampolim para auferir vantagens
E, o povo fica considerado como apenas um detalhe
Confinado nos seus currais comendo forragens!

Jose Alfredo






TIM-TIM AO TINTO VINHO!

Vinho tinto não deixa tonto...
Tudo vai ao ponto num breve conto!
Tomo ,e desponto!  E sem desconto

Em tudo acho graça, que passa...
Ultrapassa do equilíbrio a massa
Da memória, que, sempre devassa!

Tinto vinho da alegria contumaz
Tenta minha memória assaz
Atrapalhada dos tempos atrás!

Saúda amizades plenárias
Sorvendo taças arbitrárias
Aquecendo ideias solitárias!

Tim-tim ao toque saudável!
Um brinde ao palatável
Encontro de amigo confiável!

Borbulhante tinto sorvido!
De envelhecido adormecido!
Dum tonel de tinto curtido!

 Tilintar de taças transparentes
De seco sabor de amor sorvente!
Sabor de uvas pingentes!

Da saborosa videira
Ao degustar da taça derradeira
Saúdo a velha tradição das parreiras!

Jose “italiano” Alfredo.


DIVAGANDO PELO PASSADO

Bora para o passado! Lá tudo é romance
Não se tinha violências nem maledicências...
As amizades eram verdadeiras e alvissareiras!
Naquele tempo, o tempo não passava...
Era sempre tempo de brincar, estudar, namorar...
Tempo de matinés, de carnaval com lança perfume
De futebol arte nas domingueiras fagueiras...
Lá no passado tinha corre-corre,  pelada com
Bola de meia,  kichute, e, alpargatas aos pés!
O suspensório era no lugar da cinta... Calça Lee...
Brilhantina Glostora no cabelo e Água Velva no rosto!
Lá no passado, as brincadeiras eram imaculadas...
Sim senhor, e, não senhor pautavam a nossa educação!
Culto à Bandeira e ao Hino nacionais eram práticas
Antes de entrar para as salas de aulas... O professor
Ensinava e nós aprendíamos com interesse!
Após as aulas, à tardinha a patota se reunia nas
Calçadas para uma resenha de contos e causos da
Criançada... Nem conhecíamos a tal maconha!
Frutas apanhávamos no pé... Mangas, abacates, uvas,
Limão, laranja...  Saúde e disposição eram pra esbanjar!
Havia horário para todas as atividades... Laser, estudar, e,
Se recolher para o banho, jantar e dormir! As atividades
Começavam cedo, com o cantar do galo... O sino batia
Na entrada das aulas... Todos em pé ao lado de suas carteiras
Na recepção ao professor!...  Todos esbeltos nos seus uniformes
Limpos e bem passados pelas nossas mães, que zelava pelas
Nossas apresentações...  Passado de felicidade, de paz, de ordem,
Cumpríamos com nossas obrigações e assim se fortalecia os
Laços de família, amizades, responsabilidades, saúde!
No passado forjamos nossa cidadania a partir da escola e
Família, como suportes da formação de nossa personalidade!
Guardado está, no baú do tempo o arsenal  de toda essa moral!

Jose Alfredo





A GRANDE AUSÊNCIA

Como nos tempos de Jesus, seus Apóstolos, já se aproximando o “dia da paixão do Senhor”,  ficaram ansiosos a se perguntarem quando Ele iria “mudar” toda aquela situação de opressão que reinava à época!
Jesus era para eles alguém com excepcionais poderes que poderia destronar a opressão romana em Jerusalém e em toda Israel! Contudo, não se apercebiam, que o mestre não tinha vindo de Deus para esse mistér!
Nos dias de hoje, estamos todos nós católicos, com extremada ansiedade e saudades das Santas Missas presenciais na presença do Cristo ressuscitado no “SANTÍSSIMO SACRAMENTO DA EUCARISTIA”!
Faz-nos falta os encontros com Jesus, principalmente aos domingos – “Dia do Senhor”, quando nos alimentamos da sua Santa Palavra, e, na mesa santa do Seu Corpo e Seu Sangue! É no Altar que celebramos os mistérios da nossa fé católica...
Como sabemos, a Missa nos apresenta quatro momentos de graças e bênçãos: “O Senhor nos reúne. O Senhor nos fala. O Senhor nos santifica e o Senhor nos envia.  Momentos que unidos às orações e às leituras das Sagradas Escrituras completam nossa refeição no banquete divino.
Por ora, nessa grande ausência, nos escoramos nos “sacramentais” como a oração do Santo Terço, as leituras dos Santos Evangelhos, Oração da Misericórdia, Oração da Ave Maria e do Pai Nosso!
Mas, é na assembleia reunida em nome de Jesus, durante a Santa Eucaristia, e, sob a presidência do Sacerdote, que selamos plenamente  os compromissos com a nossa Igreja Católica, Apostólica e Romana, em ação de graças na celebração da morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Enquanto essa GRANDE AUSÊNCIA persistir busquemos pela fé, nas orações diárias, os nossos encontros com o Senhor, rogando a Ele, que, fortaleça nossa fé, nossa esperança e caridade, até que Ele volte, nas espécies do PÃO e do VINHO  transubstanciado no SEU CORPO SANTO e SANGUE GENEROSO, que nos é oferecido no Altar Santo na celebração da Santa Missa!

Jose Alfredo Evangelista – jornalista católico


sexta-feira, 29 de maio de 2020



SIMÃO! TU ME AMAS ?

Uma pergunta que não quer calar
Tu amas o Senhor?... Declamas seu santo nome?
Ou você O guarda como santinho no canto da parede?
Por três vezes Ele chamou a atenção de Pedro!
Fê-lo mergulhar no seu próprio íntimo a consultar
Sua consciência nas infinitas dúvidas de pecador!

Ele te pergunta, se você O ama?... Qual é sua resposta?
Ainda que posta, nesta vida plena de pecados você
Lhe responderia como Pedro o disse?... “Senhor!
Tu sabes tudo!... Tu sabes, que, te amo”!...  Seria
O teu amor declinado como ágape ou Eros?...
Tens um incondicional amor por Ele?

Tens na tua resposta, afinidade espiritual com Ele?
Tu O reconheces com teu verdadeiro Senhor?
Tua fé te leva a segui-lo sem nenhuma ressalva?
Você confia Nele que te salva?

Ou tua resposta te arremete à atração física ou cultural?
Ele aguarda a tua resposta, para lhe acolher como filho...
E te quer por no trilho do amor, da verdade e salvação!
Se você O respondeu como Pedro você reluz seu brilho!

 E, Ele te dirá: -“Então vai e apascenta minhas ovelhas”!
Ponha-te em missão como Igreja cuja cabeça é Ele!
Seja parte da comunidade... Tenhas ações de comunhão...
Testemunhe a tua fé e esvazie ao bem o teu coração!

Jose Alfredo





BOA TARDE!

No singelo cumprimento embutidas palavras
Sintetizam o amor, e, a amizade nesse aceno!
Expressão singela de educação, e, apreço, e,
Sem preço é gratuidade da boa educação!
 Manifesto de humildade, e, bom desejo...
Que, no ensejo da oportunidade em sentir
O Criador das tardes, que prenunciam,
O fim de mais um dia com Ele em sinergia!

“Boa tarde”!...  Comunhão de prazeres nos
Afazeres do dia a dia de missões cumpridas!
Desejo de felicidade, a que, se reveste uma tarde,
Que cai como bênçãos das graças de Deus,
Ao fecharem-se  as cortinas do palco da vida...
Fim do dia, que convida ao merecido descanso,
Num belo remanso de por do sol aos irmãos meus!
“Boa tarde”: Expressão de um bom coração!

Jose Alfredo








INVASÃO INDEVIDA!

Estamos em plenos tempos de invasões das nossas privacidades, e, das expressões de liberdades na expressão de ideias, opiniões, relações sociais, mas, de uma forma ditatorial, por parte dos órgãos de segurança pública (Polícia Federal) e de jurisprudência (Supremo Tribunal Federal).
Materializadas nas apreensões dos celulares do Presidente da República (!) e, de um influente e laborioso empresário dono da Empresa HAVAN, como exemplos dos abusos inconstitucionais, que começam a despontar como índices de um comunismo/socialismo/gramscista gradualmente se instalando no Brasil.
Policiais e guardas municipais prendem cidadãos na praia, nas ruas, por conta da pandemia, mas, com arroubos de uma conduta de guerra em “controle de quarteirões” como se inimigos fossem!
Atitudes jamais vista nesta terra brasilis, onde tudo em se plantando dá, até mesmo, atitudes como essas, que, desabonam a paz, a ordem, e, o respeito aos cidadãos deste país.
As coisas estão ficando ridículas ao sabor dos agentes das polícias, e, dos “togados”, nos atropelos ao arrepio da lei e de algumas de nossas “privacidades”, como a posse inviolável de celulares e computadores, ainda que,  sem a medida judicial do “mandado de busca e apreensão”  estão sendo tomados de seus proprietários, cuja operação ainda invadem residências para tal intento!
A observância, e, o  cumprimento,  do que prescreve a democracia, e, pautado pela Carta Magna (Constituição Federal)  está há algum tempo sendo literalmente “rasgada e desrespeitada”, por quem deveria cumprir empossados, que foram, pelo povo, e, para o povo, na sua estrita representatividade e responsabilidades políticas!
A tentativa de apreensão do celular do Presidente foi o suprassumo da ignomínia política por parte do STF numa atitude de prepotência, e, imposição ditatorial de suas prerrogativas, atentando contra a harmonia  entre os outro Poderes  da República (Executivo e Legislativo), contribuindo dessa forma para o desequilíbrio político, que pede assim, a justeza moral e ética entre eles, para o bem do próprio Governo na pessoa, e, autoridade do Presidente da República Federativa do Brasil.

Jose Alfredo - jornalista

quinta-feira, 28 de maio de 2020


UM DIVINO AMANHECER

O clarão desponta no horizonte colorido.
Vai a noite, e nasce um  dia como  guia
De nova vida, como cortinas, que, abrem-se
No palco das porfias, e, em Deus se confia!

Em harmonia musical, pássaros, e suave brisa
Anunciam o nascer de uma grande luz, que,
Vem para aquecer o intrépido viver!
O astro rei testemunha a divindade, e, o poder!

Do Criador, e, maestro desse divino Ser!
Abrem-se as cortinas, e, atos de um bailado
Sincronizado de todo dia, nascente, e, poente,
Refletem a glória, e, majestade cintilados!

Nascente de luz...  Majestade, que reluz!
De divino amanhecer com o amor conceber.
Felicidade esfuziante de alegria, que conduz
No prazer de estar vivo!... Desse dom receber!

O amanhecer é receber de Deus todo o poder
De se estar vivo na nossa humanidade...
Caminhar e avançar junto com o amigo Sol
Nos desafios de mais uma jornada à eternidade!

Jose Alfredo





VAZIO

Imensidão de nada preenche o vazio da alma
De solidão às mazelas do coração tudo em vão...

Ausentes no vácuo do nada, o não ser...
Não existir, não amar... Total abstração

Contra mão na mão natural da vida...
Que convida o “ser”, ao existir sem fingir

Pelo orgulho, que, tudo se é no entulho
Do vazio existencial  de prova cabal!

Inerte espaço de coisa alguma
Inexiste a vida sem felicidade nenhuma!

Vazio de buraco negro a engolir
O amor que há de vir!

Nada de nada, e, para nada é o vazio!
Extravio de vida desafortunada!

Ausência absoluta do ser...
Sem o céu, e, sem o amor para se ver!

Abandonado em algum lugar do universo
O vazio na imensa escuridão de um verso!

Num bunker escuro, e sem vida vazio
Sem alma, sem ser, sem crer, sombrio...

Informe, desconforme, vazio enorme!
Sem direção, sem definição... Cruciforme!

Vazio de sentimentos, sem o provimento
Do amor e da paz segue seu isolamento!

De passos errantes, vacilantes, pendentes...
A cada passo uma mina iminente!


Jose Alfredo




quarta-feira, 27 de maio de 2020


Corguinho das paixões

Manso e cristalino, corre quieto,e, decidido...
Lá pelas barrancas de Minas o pequenino
Corguinho de águas límpidas, e, cristalinas
Levando no seu leito a paz, e, alegre corredeira
Na fogueira das paixões. Às suas margens
Mineirinhos selvagens batem varinhas
E, pescam amores ribeirinhos à sombra de
Frondosas, e, bondosas mangueiras, nas
Tardes fagueiras de caliente verão!
Corguinho mansinho de águas claras
No sopé do morrinho de Minas avisa
No seu chuá, que quer levar o barquinho
Pro cazalzinho namorá, e se beijá!
Silencioso Corguinho, que corre devagarinho
Levando pra ribanceira a mulata faceira
Vestida de xita rendeira, e, trancinha no cabelo
Com seu parceiro minerim  de tanto pesadelo!
Corguinho de muitas lembranças, e, andanças...
Corredeira de histórias, e, historietas, de chuás
Dos grilos anoitados, e, luminosos pirilampos!
Noites quentes de suaves brisas às suas margens!
Nobre, e, humilde Corguinho de espertos peixinhos
A mordiscarem as iscas como beijinhos dos
Felizes namoradinhos das suas margens...
Corre feliz, e, impoluto pelas encostas resoluto!


Jose Alfredo






UMA PINTURA DE QUADRO

Da bandeja de aquarela saem tintas para a arte de um quadro.
Pincéis travestidos de canetas nas mãos do poeta esgrimam...
No papel da vida cada página não vira sem a última pincelada!
Tintas se misturam entre poemas, romances, amores em flores!
No auge da inspiração o poeta impinge o seu arco iris florido...
Na curva sensual, desce do céu divino à Terra do seu destino!
No selo de um terno beijo, o poeta deu a vida no seu quadro!

Da janela existencial paisagens quais pinturas em aquarelas
Desfilam quadros vivos em prosas, e, versos... Em vivas cores
Emoldurados ora em dores, ora em flores, de muitos amores...

Nas sequelas das dores a tristeza do poeta apaixonado...
Nas exaltações das paixões a alegria do poeta enamorado!

Jose Alfredo