Exposição de textos jornalísticos (crônicas), poemas e poesias com caraterísticas políticas, sociais e espirituais. Jose Alfredo Evangelista é diplomado em Jornalismo pela Universidade Braz Cubas de Mogi das Cruzes. Cursou Teologia para leigos católicos na Universidade Salesiana de Lorena. É um dos fundadores da Academia Lorenense de Letras e Artes.
quinta-feira, 31 de maio de 2018
quarta-feira, 30 de maio de 2018
CASULO
Recluso no casulo da indiferença jaz um povo.
No desinteresse de seu progresso vai de regresso
Na contra mão da história e assemelha-se à escória
De inimigos da pátria amada. Na beira da estrada
Estaciona e no casulo da preguiça frustrada
Olha o tempo que passa e o ânimo perpassa
Os sonhos da ordem e do progresso!
Casulo, que, fecha e esconde a cidadania...
Isola numa redoma sem idiossincrasia!
Apaga a chama do patriotismo e sem lirismo
Abandona a terra natal com apostasia!
Jose Alfredo
O
GRANDE TORVELINHO
Como um grande
torvelinho as informações que manifestam suas opiniões sobre a crise da atualidade
gera uma grande confusão na sua compreensão. Um diz uma coisa e outro, outras
coisas... Ninguém se entende e cada um é dono absoluto da sua verdade. Conceitos
e preconceitos envolvem a opinião pública. No Facebook uma onda de FAKES NEWS
confundem e geram desconfortos aos mais desavisados. Uma enxurrada de fofocas
inundam as postagens atingindo o Presidente Temer e todo o Congresso. Apoio aos
caminhoneiros pelo que estão fazendo e pelo que não poderiam fazer!
Algumas opiniões
levam a crer que Sindicatos estão atrás do movimento... Outras que empresários
das distribuidoras comandam a greve...
Outras ainda que até os donos de postos de combustíveis estão por trás dessas
falcatruas para auferirem lucros!
Numa definição mais
ampla chega-nos notícias de que o
movimento é político e tem como sua principal ferramenta o “LOCAUTE “
(ação de fechar uma
empresa: o empregador encerra temporariamente as atividades de sua empresa e se
recusa a oferecer os instrumentos de trabalho em retaliação a reivindicações do
empregado e, assim, impede-o de trabalhar para não ter que pagar seu salário e
enfraquecer a classe. Pode-se entender como a "greve do empregador".
Esta prática é proibida judicialmente no Brasil).
Não há um “consenso”
para que o cidadão, o grande prejudicado, tenha compreensão ou discernimento
dos malefícios e das causas do que está ocorrendo!
Mas, o que podemos
depreender é que o movimento é mais uma ponta do imenso e gigantesco iceberg
que sinaliza a falta de comando e de governo do país.
Um Presidente
fragilizado e sem identificação com o povo... Um Congresso minado e tomado pela
corrupção desenfreada...
Instituições
enfraquecidas e esvaziadas. A repercussão dos trabalhos da Operação Lava Jato
vai levando a total descrença para as eleições que se aproximam.
Lula preso é o
estopim das manifestações de ativistas inconsequentes. E por fim, os clamores
de grande parcela da sociedade que pedem a Intervenção Militar.
A nossa compreensão
realmente está atrapalhada, pois, não se chega a nenhum consenso em prol das
soluções em busca da paz e do progresso do Brasil.
Jose Alfredo -
Jornalista
terça-feira, 29 de maio de 2018
LETRAS BANDIDAS
A inspiração chega de surpresa
nestas letras bandidas.
Escondidas e incontidas letras
bastardas extemporâneas
Traiçoeiras e sem beiras, invadem a
razão, e, sem coração,
Polemizam a consciência e numa
demência rabiscam
Páginas em branco de pensamentos
absortos e sem nexos
Como desvairados atos impensados do
bandido sexo!
Letras odiosas solapam
discrepâncias da lógica exata
Do raciocínio e escracham o pensar
sem meditar...
No fio da pena ligam o possível ao
impossível...
Na frieza da emoção transpiram no
poetar...
Letras bandidas e inconsequentes,
que, mentem
À realidade e se escondem no
abstrato da mente!
Jose Alfredo
SOMOS TODOS CAMINHONEIROS!
Nossa vida é uma estrada
turbulenta.
A cada quilômetro nessa rodagem
Dirigimos nosso caminhão carregado
Com a carga da nossa
quilometragem!
Cada um com seu tipo de
caminhão...
Tem aqueles que dirigem suas
carretas...
Há outros que conduzem seu
trucão!
Mas todas as cargas de
diferentes facetas!
No percurso pode faltar
combustível!
Mas, se fizermos greve
morremos...
Essa carga é perecível sem o
recurso da fé!
Estacionados no acostamento
perecemos!
Somos todos caminhoneiros na
estrada sem volta,
E, rumo à eternidade, passamos
por percalços,
Mas, se perseguirmos no
encalço o amor e a paz,
Não precisamos negociar com
Deus como Lhe apraz!
Como caminhoneiros estamos na mesma
rodovia...
Todavia, cada um tem seu
destino,
E, em desatino não podemos gerar
desarmonia!
No volante, o amor e a paz é
nosso descortino!
Nosso objetivo é chegar ao
destino.
No prazer da viagem cumprida
Levar a carga em segurança
Na certeza da missão auferida!
Jose Alfredo
domingo, 20 de maio de 2018
BABEL E PENTECOSTES – As línguas
Duas dimensões de Babel a
Pentecostes...
Duas línguas que unem e dispersam.
No orgulho levantaram a Torre até Deus,
E, nas línguas consagraram seu deus...
Dispersaram-se e não se entenderam;
Em muita confusão não tiveram união!
Com orgulho e desobediência faliram!
No Pentecostes as línguas de fogo
Uniram e todos se entenderam
E a unidade foi então estabelecida
Nascia a Igreja adormecida!
Sem a unidade levantaram a Torre.
Em diversas línguas veio a confusão...
Nas línguas de fogo, a comunhão...
A terceira pessoa da Trindade em união!
Torre de Babel... Torre de papel...
No sopro em Pentecostes do céu o troféu!
Jose Alfredo
sábado, 19 de maio de 2018
LEMBRANÇAS
Separadas e distantes da realidade
Elas configuram a mente no agora
Remetem ao passado com gosto
Do presente! Na memória trazem
Sensações vividas e experenciadas
Em mananciais de eflúvios idos...
Tristes ou alegres, prazeirosas ...
Renovam vontades nas idades
Em quadros que passam pela
Janela da vida numa viagem sem volta!
Lembrar da lúdica infância...
Da romântica juventude...
Da experiente fase adulta...
No caleidoscópio colorido
Visto pelas lentes da memória!
Jose Alfredo
sexta-feira, 18 de maio de 2018
GRITO NO DESERTO
“Ouço uma voz vinda do deserto”!
Da secura da vida ela clama aos céus
Se, é ouvida ou não, ao certo grita
Pelos filhos seus que vivem ao léu!
Na amargura da tristeza, o infortúnio,
Que, aprisiona a esperança pobre e
Desvalida num beco sem saída e no
Gueto da desgraça a lágrima grassa!
No deserto um clamor escondido
Atrás das brumas quentes ao sabor
Dos açoites do vento desmedido
Apagam esperanças de doce amor!
A voz sufocada brota na garganta seca,
E, no meio da areia um misterioso oásis,
Que, acena como espelho numa catarse
No engodo enganoso de mero disfarce!
Ouço uma voz aguda e clamorosa vinda
Das entranhas da alma e sedenta por justiça!
Grita pela vida e felicidade sufocadas ainda,
Que, clama à dignidade de alma castiça!
Ao zunir do vento na poeira das brumas
O som se propaga no grito de uma voz:
A voz não ouvida e respostas nenhuma
De um grito clamante do silêncio algoz!
Jose Alfredo
MANDO
FLORES
Amo
o amor e mando-o flores!
A
todos os amores de minha vida
Vivo
no perfume de um jardim
Colorido
pelo bem querer florido!
Beijos
como rosas... Afetos em prosas...
Margaridas
como paixões sentidas,
No
agrado mando cravos...
Palmas
no mais profundo da alma...
Bromélias
as mando como escravo
Preso
aos amores dela...
Com
muito orgulho mando antúrios
A
espantar as dores dos infortúnios...
Mando
flores a todos os amores,
Que,
na minha vida foram plantados
Em
belos jardins encantados!
Mando
ainda beijos enternecidos
Como
beija flor sugando cada flor,
E,
delas o néctar do amor!
Ao
amor que vem do céu a terra
Num
arco íris enviado por Deus,
Que,
manda flores aos filhos seus!
Jose
Alfredo
BRUMAS
DE AMOR
O
amor é leve. É suave.
Bruma
refrescante que
Acaricia
a existência na
Praia
da vida. Umedece
A
secura do ódio e
Fortalece
o viver... Faz crer!
Brumas
que escondem o
Mal
e protegem o bem...
Elas
vêm ao amanhecer,
E,
no anoitecer escondem a lua;
Envolvem
com tênue neblina
A
esperança e a fé até
Que,
os raios do sol as penetrem,
E,
as dissipem na luz de novo dia...
Brumas
da noite silenciosa e calma,
Quando,
o amor é latente e suspira
No
doce romance, que, transpira
Volúpia
de amores em flores!
Brumas
que descem silenciosas
No
silêncio da paz de muitos amores!
Jose
Alfredo
quinta-feira, 17 de maio de 2018
DOM DE SER CAPAZ
Quero fazer, acontecer, ser...
Sem desmerecer os irracionais
Penso, calcúlo, raciocínio e às
Vezes, conduzido pela fé vaticino.
Capacidade ou dom de realizar?
Inteligência que move o fazer e o ser...
E sem o querer sou capaz
Na produção do mal e do bem;
Capacidades para amar também!
Posso odiar e o bem repudiar...
Sou capaz, assaz em resolver e criar,
Armar e desarmar, ativar e desativar,
Reunir e espalhar... Construir e
destruir.
Capacitado sou para edificar a vida
No dom do amor... Sem dor...
Capacitado sou para destruir
E desunir com muita dor!
Às vezes, sinto-me em cima do muro
Da vergonha, por “incapacidades”,
E, sem iniciativas para o bem comum...
A iniquidade do mundo incapacita-me
Exercita-me na mesmice unânime
Subtrai-me o ser equânime!
Jose Alfredo
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