quarta-feira, 30 de maio de 2018


CASULO

Recluso no casulo da indiferença jaz um povo.
No desinteresse de seu progresso vai de regresso
Na contra mão da história e assemelha-se à escória
De inimigos da pátria amada. Na beira da estrada
Estaciona e no casulo da preguiça frustrada
Olha o tempo que passa e o ânimo perpassa
Os sonhos da ordem e do progresso!

Casulo, que, fecha e esconde a cidadania...
Isola numa redoma sem idiossincrasia!
Apaga a chama do patriotismo e sem lirismo
Abandona a terra natal com apostasia!

Jose Alfredo






O GRANDE TORVELINHO

Como um grande torvelinho as informações que manifestam suas opiniões sobre a crise da atualidade gera uma grande confusão na sua compreensão. Um diz uma coisa e outro, outras coisas... Ninguém se entende e cada um é dono absoluto da sua verdade. Conceitos e preconceitos envolvem a opinião pública. No Facebook uma onda de FAKES NEWS confundem e geram desconfortos aos mais desavisados. Uma enxurrada de fofocas inundam as postagens atingindo o Presidente Temer e todo o Congresso. Apoio aos caminhoneiros pelo que estão fazendo e pelo que não poderiam fazer!
Algumas opiniões levam a crer que Sindicatos estão atrás do movimento... Outras que empresários das distribuidoras  comandam a greve... Outras ainda que até os donos de postos de combustíveis estão por trás dessas falcatruas para auferirem lucros!
Numa definição mais ampla  chega-nos notícias de que o movimento é político e tem como sua principal ferramenta o “LOCAUTE “ (ação de fechar uma empresa: o empregador encerra temporariamente as atividades de sua empresa e se recusa a oferecer os instrumentos de trabalho em retaliação a reivindicações do empregado e, assim, impede-o de trabalhar para não ter que pagar seu salário e enfraquecer a classe. Pode-se entender como a "greve do empregador". Esta prática é proibida judicialmente no Brasil).
Não há um “consenso” para que o cidadão, o grande prejudicado, tenha compreensão ou discernimento dos malefícios e das causas do que está ocorrendo!
Mas, o que podemos depreender é que o movimento é mais uma ponta do imenso e gigantesco iceberg que sinaliza a falta de comando e de governo do país.
Um Presidente fragilizado e sem identificação com o povo... Um Congresso minado e tomado pela corrupção desenfreada...
Instituições enfraquecidas e esvaziadas. A repercussão dos trabalhos da Operação Lava Jato vai levando a total descrença para as eleições que se aproximam.
Lula preso é o estopim das manifestações de ativistas inconsequentes. E por fim, os clamores de grande parcela da sociedade que pedem a Intervenção Militar.
A nossa compreensão realmente está atrapalhada, pois, não se chega a nenhum consenso em prol das soluções em busca da paz e do progresso do Brasil.

Jose Alfredo - Jornalista

terça-feira, 29 de maio de 2018


LETRAS BANDIDAS

A inspiração chega de surpresa nestas letras bandidas.
Escondidas e incontidas letras bastardas extemporâneas
Traiçoeiras e sem beiras, invadem a razão, e, sem coração,
Polemizam a consciência e numa demência rabiscam
Páginas em branco de pensamentos absortos e sem nexos
Como desvairados atos impensados do bandido sexo!

Letras odiosas solapam discrepâncias da lógica exata
Do raciocínio e escracham o pensar sem meditar...
No fio da pena ligam o possível ao impossível...
Na frieza da emoção transpiram no poetar...
Letras bandidas e inconsequentes, que, mentem
À realidade e se escondem no abstrato da mente!

Jose Alfredo








SOMOS TODOS CAMINHONEIROS!

Nossa vida é uma estrada turbulenta.
A cada quilômetro nessa rodagem
Dirigimos nosso caminhão carregado
Com a carga da nossa quilometragem!

Cada um com seu tipo de caminhão...
Tem aqueles que dirigem suas carretas...
Há outros que conduzem seu trucão!
Mas todas as cargas de diferentes facetas!

No percurso pode faltar combustível!
Mas, se fizermos greve morremos...
Essa carga é perecível sem o recurso da fé!
Estacionados no acostamento perecemos!

Somos todos caminhoneiros na estrada sem volta,
E, rumo à eternidade, passamos por percalços,
Mas, se perseguirmos no encalço o amor e a paz,
Não precisamos negociar com Deus como Lhe apraz!

Como caminhoneiros estamos na mesma rodovia...
Todavia, cada um tem seu destino,
E, em desatino não podemos gerar desarmonia!
No volante, o amor e a paz é nosso descortino!

Nosso objetivo é chegar ao destino.
No prazer da viagem cumprida
Levar a carga em segurança
Na certeza da missão auferida!

Jose Alfredo




domingo, 20 de maio de 2018


BABEL E PENTECOSTES – As línguas

Duas dimensões de Babel  a Pentecostes...
Duas línguas que unem e dispersam.
No orgulho levantaram a Torre até Deus,
E, nas línguas consagraram seu deus...
Dispersaram-se e não se entenderam;
Em muita confusão não tiveram união!
Com orgulho e desobediência faliram!

No Pentecostes as línguas de fogo
Uniram e todos se entenderam
E a unidade foi então estabelecida
Nascia a Igreja adormecida!

Sem a unidade levantaram a Torre.
Em diversas línguas veio a confusão...
Nas línguas de fogo, a comunhão...
A terceira pessoa da Trindade em união!

Torre de Babel... Torre de papel...
No sopro em Pentecostes do céu o troféu!

Jose Alfredo


sábado, 19 de maio de 2018




LEMBRANÇAS

Separadas e distantes da realidade
Elas configuram a mente no agora
Remetem ao passado com gosto
Do presente! Na memória trazem
Sensações vividas e experenciadas
Em mananciais de eflúvios idos...
Tristes ou alegres, prazeirosas ...
Renovam vontades nas idades
Em quadros que passam pela
Janela da vida numa viagem sem volta!
Lembrar da lúdica infância...
Da romântica juventude...
Da experiente fase adulta...
No caleidoscópio colorido
Visto pelas lentes da memória!

Jose Alfredo


sexta-feira, 18 de maio de 2018


GRITO NO DESERTO

“Ouço uma voz vinda do deserto”!
Da secura da vida ela clama aos céus
Se, é ouvida ou não, ao certo grita
Pelos filhos seus que vivem ao léu!

Na amargura da tristeza, o infortúnio,
Que, aprisiona a esperança pobre e
Desvalida num beco sem saída e no
Gueto da desgraça a lágrima grassa!

No deserto um clamor escondido
Atrás das brumas quentes ao sabor
Dos açoites do vento desmedido
Apagam esperanças de doce amor!

A voz sufocada brota na garganta seca,
E, no meio da areia um misterioso oásis,
Que, acena como espelho numa catarse
No engodo enganoso de mero disfarce!

Ouço uma voz aguda e clamorosa vinda
Das entranhas da alma e sedenta por justiça!
Grita pela vida e felicidade sufocadas ainda,
Que, clama à dignidade de alma castiça!

Ao zunir do vento na poeira das brumas
O som se propaga no grito de uma voz:
A voz não ouvida e respostas nenhuma
De um grito clamante do silêncio algoz!

Jose Alfredo





MANDO FLORES

Amo o amor e mando-o flores!
A todos os amores de minha vida
Vivo no perfume de um jardim
Colorido pelo bem querer florido!
Beijos como rosas... Afetos em prosas...
Margaridas como paixões sentidas,
No agrado mando cravos...
Palmas no mais profundo da alma...
Bromélias as mando como escravo
Preso aos amores dela...
Com muito orgulho mando antúrios
A espantar as dores dos infortúnios...

Mando flores a todos os amores,
Que, na minha vida foram plantados
Em belos jardins encantados!
Mando ainda beijos enternecidos
Como beija flor sugando cada flor,
E, delas o néctar do amor!

Ao amor que vem do céu a terra
Num arco íris enviado por Deus,
Que, manda flores aos filhos seus!

Jose Alfredo


BRUMAS DE AMOR

O amor é leve. É suave.
Bruma refrescante que
Acaricia a existência na
Praia da vida. Umedece
A secura do ódio e
Fortalece o viver... Faz crer!
Brumas que escondem o
Mal e protegem o bem...
Elas vêm ao amanhecer,
E, no anoitecer escondem a lua;
Envolvem com tênue neblina
A esperança e a fé até
Que, os raios do sol as penetrem,
E, as dissipem na luz de novo dia...
Brumas da noite silenciosa e calma,
Quando, o amor é latente e suspira
No doce romance, que, transpira
Volúpia de amores em flores!
Brumas que descem silenciosas
No silêncio da paz de muitos amores!

Jose Alfredo

quinta-feira, 17 de maio de 2018



DOM DE SER CAPAZ

Quero fazer, acontecer, ser...
Sem desmerecer os irracionais
Penso, calcúlo, raciocínio e às
Vezes, conduzido pela fé vaticino.
Capacidade ou dom de realizar?
Inteligência que move o fazer e o ser...
E sem o querer sou capaz
Na produção do mal e do bem;
Capacidades para amar também!
Posso odiar e o bem repudiar...
Sou capaz, assaz em resolver e criar,
Armar e desarmar, ativar e desativar,
Reunir e espalhar... Construir e destruir.
Capacitado sou para edificar a vida
No dom do amor... Sem dor...
Capacitado sou para destruir
E desunir com muita dor!
Às vezes, sinto-me em cima do muro
Da vergonha, por “incapacidades”,
E, sem iniciativas para o bem comum...
A iniquidade do mundo incapacita-me
Exercita-me  na mesmice unânime
Subtrai-me o ser equânime!

Jose Alfredo