quinta-feira, 30 de junho de 2016

PENUMBRAS

Quando se foge da luz,
e  prefere-se as sombras...
Quando a mentira seduz
como o ouro que reluz...
Tudo são penumbras
esfumaçadas na névoa
escura e tenebrosa, 
de ocasião escabrosa!
Quando o ódio alcança
os calcanhares do amor
e arranha a face da honra,
vê-se a face do horror!
Quando o mal vence o bem,
uma réstia de luz na penumbra
cintila escondida e deslumbra,
que ainda é possível  iluminar!
As penumbras da vida
Escondem a felicidade...
Ocultam a luz da verdade!

Jose Alfredo




OBRA INACABA

Somos iniciados e não acabados!
Das mãos do oleiro começamos no barro...
Do sopro do Criador recebemos uma vida...
O processo ainda está em perspectiva.
Estamos em exames na linha de montagem
e vamos na direção do controle de qualidade!
Precisamos ainda de ajustes na nossa vida!
Mas podemos ser chamados de humanidade!
A obra repousa sobre pilares e escoras
com vigas, armações... Somos caixa de pandora!
Ainda falta muita coisa a ser feito...
Na obra de nossa criação, recebemos um selo de qualidade...
Mas no percurso da montagem, houve um erro;
A máquina perfeita fora atingida por uma fatalidade:
O principal componente da obra fora atingido;
O barro inicial, corruptível, mas modelado,
por um vírus mortal, ficara inacabado!
A obra prossegue na busca da sua perfeição!
Sua humanidade luta para eliminar o vírus do pecado!
Enquanto isso, passamos diante do Criador,
no controle de qualidade e sob seu selo de amor!
Na conclusão do processo, uma obra acabada;
Qualificada e pronta para a santidade!

Jose Alfredo






segunda-feira, 27 de junho de 2016

A DROGA DA APROVAÇÃO

O ser humano está viciado no seu viver.
Depende das aprovações durante sua vida.
Deseja ser aquilo que pensam dele...
A droga da “aprovação” sempre convida
a ser moldado, segundo modelos sociais!
Não vê limites e deseja ser mais...
Ter mais porque essa é a moda!
Está viciado e não se incomoda!
A dependência das aprovações
é similar à droga que vicia;
A autenticidade do que alicia!
Do acordar ao dormir,
há sempre aprovações a convir!
Acondicionado às aprovações,
O homem vive determinadas condições:
No comportamento, na moda, na cultura...
Na moral, na integração, na família...
Que lhe impõem regras e limites,
Sem os quais será “desaprovado”!
E perde seu espaço como renegado!
A “aprovação” social na vida,
é a droga por excelência...
Sou o que querem que seja...
Tenho aquilo que minha razão deseja!
Dependo da aprovação até
para ter meu sexo, sem nexo!
Na Teoria, aprovam ou desaprovam,
O que desejo ser: ELE ou ELA?
Como toda droga vicia,
vivo viciado, então, porque
sou o que querem que seja;
Minha vontade não enseja!

Jose Alfredo







sexta-feira, 24 de junho de 2016

PROVERBIOS POPULARES

“Quem com ferro fere com ferro será ferido”
Conselho que admoesta os desmedidos...
“A pressa é inimiga da perfeição”
E avisa a todos com correção...
“A ocasião faz o ladrão”
Que rouba sem perdão...
“Mais vale um pássaro na mão que dois voando”
Não negue a chance que está passando...
“Casa de ferreiro espeto de pau”
Quem mora nela é homem mau...
“Cachorro que late não morde”
Mas não há quem não acorde!
“Cavalo que voa não quer espora”
Parte na cavalgada sem demora...
“Gato escaldado tem medo de água fria”
Nem mete a mão em cumbuca vazia...
“De grão em grão a galinha enche o papo”
Com paciência se consegue com bom trato...
“Águas passadas não movem moinhos”
Na corredeira elas viram torvelinhos...
“Quem tem boca vai à Roma”
Não toma banho fica com aroma...
“Quem tudo quer nada tem”
E vive como lhe convém...
“Devagar se vai ao longe”
Andando como monge...
“Leite de vaca não mata bezerro”
E não precisa ir ao enterro...
“Nunca digas que desta água não bebereis”
Pois, o futuro jamais sabereis...
“Não há rosas sem espinhos”
Que te possas fazer carinhos...
“Quem ama o feio, bonito lhe parece”
Mesmo enganado não padece...
Provérbio popular é sabedoria,
Na rotina do dia a dia!


Jose Alfredo

quinta-feira, 23 de junho de 2016

DÓ, RÉ, MI DO AMOR

DO sonho à realidade,
REvivi na eternidade,
MInhas esperanças
FAlando com Deus...
SOLicitei o amor seu!
LAncei-me nos seus braços...
SIngrei a nau no céu!

DO seu enlaço
REtornei ao regaço.
MItiguei o seu abraço!
FAlei-Lhe ao ouvido:
“SOL do meu existir”!
LA bebo o meu elixir!
SIrvo-me da ceia santa!

DOres tive na vida...
REminiscências do passado...
MIniaturas de pecados...
FAtos que já passaram...
SOL a sol labutei!
LA no horizonte,
SInais do amor de Deus!


DO passado ficaram as cinzas;
REcalques humanos...
MInha vida agora,
FAz sentido, porque
SOLto as azas da imaginação!
LAnço-me na salvação
SInto-me acolhido pelo amor!

DÓ, RÉ, MI, FA, SOL
Notas de amor
Na música divinal;
Acordes em louvor
Da realidade espiritual!

Jose Alfredo







quarta-feira, 22 de junho de 2016

AS CINCO CHAGAS

Punho direito estendido sobre a cruz...
As batidas da marreta a enterrar o cravo
que rasgam de um lado ao outro...
O sangue jorra clamando ao céu!

Punho esquerdo na mesma forma
em ato contínuo e desumano,
atravessam o punho, cravando
no madeiro a mão santa!

Levantada a cruz,
outro cravo perfura os
pés que juntos “andaram”
levando a salvação!

Cinco chagas benditas!
Em gritas contidas!
Do cordeiro imolado...
Entregue e calado!

Jose Alfredo



O QUE SOU?

Não sou exato... Nem puro
Nem santo... Sou o limite...
Da perfeição sou prematuro!
Da razão sou um arremedo!
Da consciência, um lapso...

Espero um tempo
Que contemplo...

Passam as coisas ou passo eu?
Nem sei se escondido estou
na realidade que findou...
Vendo-me num espelho...
o meu eu num parelho!

Sinto-me um projeto...
Na conquista de um objeto!

O que sou?  Onde estou?
No limite?... Ou além?
Na vida estou aquém e
Sinto-me ninguém!

Jose Alfredo








OUSADIA

Ousar é enfrentar
o objetivo a conquistar!
Ousar é ser destemido...
Na coragem mirar o perigo
com consciência e sabedoria...
Buscar as soluções escorado
sempre nas convicções!
Ousadia: Expressa o sentimento
De coragem, nas dificuldades...
Não se acovarda nem se esconde!
Faz-se presente e ousado!
Ousar na vida,
ao sucesso convida!
Arma dos fortes!
Espada da coragem!
Armadura do astuto!
Ousadia de arguto!

Jose Alfredo