POVO SEM VIRTUDES
Pobre nação que se
esquece de seus heróis.
Que negligencia o
culto de sua historia.
Que, consagra nas
urnas seus algozes,
E sem virtudes, é
governado por uma escória!
Pobre povo sem
memória e nem ideais...
Do poder orbita, como
escravos comensais
A pastar como gado
marcado e confinado
No curral pátrio sob
a chibata da corrupção...
Pobre povo, sem
virtude... Sem noção
De civismo, que
caminha feito zumbi errante...
E se reúne ao toque
do berrante,
A receber sua ração
como um cala-a-boca
A lhe tapar os olhos
e a cabeça oca!
Porque, valores que
foram legados,
Da história por
intrépidos heróis,
Não são sementes que
germinam
Nesta terra de Santa
Cruz,
E sem méritos, não
fazem jús
Ao passado brilhante?
Porque esse cenário
confuso
Desta Nação verde na
esperança,
Azul no céu de
liberdade,
Amarelo nas suas
riquezas,
Mas, sem o rumo da
paz no seu branco?
Como e porque as
virtudes de
Caxias, Osorio, Ruy
Barbosa,
Tiradentes, Castro
Alves...
Deodoro, Floriano e
Bento Gonçalves...
Feijó, Maria Quitéria
e outros...
Estão ausentes e não
permeiam
A teia social de um
povo a
Mercê da astúcia
alienante e
Na ignorância
recalcitrante?