DESERTO

No deserto da vida,

Num rumo incerto,

De caminho aberto,

Sem eira nem beira.

Na guerra sem trincheira,

Caminha um zumbi

Que não sente e

Não pensa...

De vida seca;

Coração sem paixão...

Trilhas de contramão,

Sem sentido, nem

Direção...

Sob o sol tórrido,

Raciocínio não tem...

De cabeça quente e

Sem noção,

No orgulho

Não estende a mão,

Que de antemão,

Renega a existência

E enxota a paciência.

Vida vazia de nada

Desnaturada...

APENAS EU...

Quero ser apenas eu!

Se, creio ou sou ateu...

Sou apenas eu...

Imerso na existência,

Resoluto na paciência.

Há quem me odeie,

Mas os que me amam...

Pelo nome me chamam!

Gosto das amizades,

Detesto veleidades,

Vivo a autencidade

Do cidadão honesto

De coração modesto.

Tenho meus defeitos

E sou pequenino...

Mas não gosto de confeitos...

Vêm de cobras no ninho!

Não sou imitação,

Nem projeto de falsidade;

Tenho minha direção,

E honro a lealdade!

Não sou letrado;

A vida é minha faculdade...

Vivo na sinceridade.

Minha identidade,

É a minha humanidade!

Chico Bento

Sentado na soleira

Ficava Chico Bento,

Pitando seu cigarro

Olhando a bananeira.

Entre uma e outra cuspida,

Fitava a lua a nascer

E os grilos em cantoria,

No som do riacho a correr.

O pequeno “cisco” a latir,

Rodeava em alegria

O retorno de Chico,

Depois de mais um dia.

Água na chaleira

E café no bule.

No prato a macaxeira.

Tava na hora do grude.

Chico enchia o bucho.

Na caneca bebia o café.

Sua cabana sem luxo,

Tinha o crucifixo com fé!

O galo cantava

E Chico dormia.

Chico se levanta,

E pra outro dia seguia.

Enxada no ombro,

Pisa esperançoso

O chão do seu sitio

Em mais um dia dadivoso!

IDENTIDADE

Somos o que somos?... Ou aquilo que o Estado quer?

No salve-se quem puder, seremos em breve um número...

Ou um código talvez, que expresse a nossa existência!

A individualidade pessoal começa a virar uma “coisa”...

No curral eleitoral já estamos confinados e marcados...

O povo já não é mais uma sociedade... É apenas um detalhe!

Homem e mulher ficam à mercê da “Teoria de Gênero”!

A criança e o jovem, tratados por caminhos efêmeros!

Minha identidade hétero ou homo...Não passo de um gênero...

No contexto animal serei sempre macho ou fêmea...

Na pele levo uma cor no arco-íris racial...

Sou visto por um prisma preconceituoso!

Com identidade de rico ou poderoso,

Não sou, nem existo se, pobre ou defeituoso!

A atual identidade humana está impressa

No poder, na cor e no status de rico!

O pobre não se identifica, apenas vive seu ostracismo!

O hétero tem no seu oposto, um inimigo;

E vice-versa, que gera intriga de identidades

Como se fossem objetos de estima e raridade!

Diga-me o teu número... Diga-me o teu código...

E saberei quem és... Tua individualidade

Está mensurada no registro de um programa;

E no computador você pertence a um arquivo

Cujo valor não passa de um conjunto ativo

Sempre contado, medido, pesado e arquivado!

Assim o Estado vai te dominando e confinando

Como uma coisa a Ele pertencente!

A nossa real identidade está decadente!

ANDARILHO

O andarilho da vida segue sem destino...

E sem direção ela vagueia pelos atalhos.

Errante ele faz da vida um desatino.

Seu caminho segue em frangalhos...

Objetivos perdidos ao longo da caminhada

Ele não acha o destino da sua estrada!

Por meandros estranhos e desconhecidos,

O andarilho da vida anda desprotegido!

Desorientado pisa em chão pedregoso.

Envereda-se por terrenos minados.

Faz de sua vida um combate horroroso!

A cada lanço, um movimento eivado!

Sem objetivos nem esperanças,

O andarilho da vida busca andanças!

Por entre as mentiras do mundo,

Não vê luzes no túnel fundo!

Caminha ao lado da verdade,

Mas não a enxerga!

Anda ombro a ombro com o amor,

Mas não o sente!

A felicidade ele deixa passar

Como leve brisa a o acariciar!

O andarilho da vida não consente,

Da vida, a alegria e a paz!

POESIA DOS NÚMEROS

Um... Na unidade,

Dois ou mais

Na coletividade,

Não são rivais!

Três é muito,

Dois são demais!

Seis quase são três

Na pronúncia do freguês!

Sete reflete perfeição...

E doze são os discípulos.

Treze trás azar,

E vinte e quatro,

Hummm... Nem, é bom falar!

Zero sempre à esquerda

Nunca tem valor

É um carro sem motor!

Um com três zeros

É mil e um problema

E sempre um dilema!

Dois com dois

Dois patinhos na lagoa

Há sempre quem apregoa

Que mais vale dois na mão

Que um voando!

Três com três

Lembra a idade de Cristo

E noventa é o pai do saco

Meia dúzia é metade de doze!

E seis confunde com três!

Trinta e dois lembra a Revolução

E Sessenta e quatro a outra!

Um, dois, três, o Brasil é freguês!

Quatro, cinco, seis e sete no Mineraço...

Que depois de cinquenta outra vez,

Apanhou de um timaço!

A VIDA É UMA POESIA

A cada dia uma estrofe...

Em momentos de versos...

A vida é uma poesia

Contada em verso e prosa,

Que o poeta extasia

Com olhar de todo o dia!

A vida é uma poesia!

Nos versos ela nasce.

No tempo ela declama.

O passado renasce...

Nas lembranças clama

Com estrofes da sua trama!

A vida é uma poesia

Que projeta no futuro

Versos de alegria...

Estrofes de felicidades!

Sua historia irradia

Amor que contagia! 

A vida é uma poesia!

Triste e sem rima,

Escrita em versos e trovas

Sem consolo... Sem estima!

Na desgraça descortina,

Um destino como prova.

Uma poesia triste

Na morte consiste!

Estrofes sem vida...

Versos de um dia...

O poeta termina,

A vida sem poesia!

25 DE AGOSTO

Na caminhada ele está sempre no passo certo.

No cumprimento de seus deveres, incontinente!

Ante a Pátria, seu denodo é silente!

Coragem jamais lhe faltou no combate!

Com respeito e responsabilidade

Enfrenta todo tipo de embate!

Seus objetivos, os conquistam na luta,

Com seus irmãos de armas,

No ombro-a-ombro labuta e

Busca na união e sem traumas

A vitória no altar da pátria amada

Agasalhado na Bandeira idolatrada!

Ele é o “SOLDADO BRASILEIRO”!

Combatente de todos os tempos!

Quer na ativa, ou inativo, sempre ordeiro!

Irmanado na grande família,

Que na terra se mantem em vigília;

Nos ares guarda a soberania,

E nos mares defende o Brasil com maestria!

A você “SOLDADO BRASILEIRO”, a nossa continência,

Porque você é em essência, o protótipo de cidadão,

Forjado no cadinho pátrio e com têmpera de aço,

Você que hoje é reservista e inativo e no mesmo passo

Da cadência da paz, e do amor, à pátria orgulhoso,

Marchas na tua vida com a marca de filho garboso!

CORRUPÇÃO

Mal que grassa na humanidade desde o surgimento do homem

Que é corrupto por natureza... Caráter modelado pelo pecado,

E formado em diversas culturas... Pelo poder obcecado é levado

A corromper-se pela tentação da opressão sob os mais fracos.

Como ser político por natureza, criou mecanismos representativos,

E por eles, conquistou cargos eletivos suscitando-o à corrupção

Endêmica corrompendo-se pela ganância dos cargos e do dinheiro.

De efeito dominó, o famoso “jeitinho” contaminou a sociedade

Contemporânea, que, ao exemplo que vem de cima, vive na veleidade!

Corrupção é levar vantagem inescrupulosa...

 É adotar intenções maldosas.

Corrupção é explorar a boa fé popular...

É andar na contramão do caráter!

Corrupção é emitir atestados falsos...

É colocar o pobre no cadafalso.

Corrupção é alimentar falsas doutrinas...

É lançar valores na latrina.

Corrupção começa dentro de casa,

Quando marido trai a esposa e filhos,

Na busca à droga, gera violência!

Quando rouba o erário público...

Quando não assume sua paternidade...

Quando rejeita sua maternidade...

Quando abandona o recém-nascido

Jogando-o no lixo esquecido!

A hipocrisia social é corrupta...

O discurso midiático é corrupto...

As amizades interesseiras são corruptas...

A pobreza e a riqueza são corruptas...

O profissional do direito é tentado à corrupção!

O jogador de futebol é corrupto.

A vida de pecado, por excelência, é corrupta...

Esse processo de corrupção, leva à queda abrupta,

Como um castelo de areia, se desmancha ao vento,

A moralidade e cidadania ficam ao relento

Na vida corrupta a plantar males a todo momento!

Caim matou Abel na corrupção da inveja

Adão e Eva corromperam-se pelo orgulho

Davi corrompeu-se com suas concubinas

Judas vendeu Jesus por trinta moedas

O “Muro” caiu por causa da corrupção comunista

O Brasil, após os governos militares ficou

Refém da “CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA”!

CAFÉZINHO: Sabor das palavras

Um bom papo rola

Num saboroso cafézinho

Que no tempo enrola

Quando se dá um tempinho!

Momentos de descontração

Na alegria de uma amizade!

Com o sabor do coração,

Não há dinheiro que pague!

No cafézinho, o sabor da conversa,

Que na satisfação de uma resenha,

A lembrança sempre versa...

Não há prazer que entretenha!

Prazeirosa rubiácea negra!

De sabor inconfundível!

Ícone da mesa brasileira,

É o cafezinho insubstituível!

Crônica jornalística

Teoria de gênero

Numa concepção que transcende à razão humana, pois remete aos mistérios da criação do homem, o gênero humano é e sempre será o conceito do masculino e do feminino! Trata-se de um critério misterioso da criação que ordena as coisas dentro de uma ORDEM NATURAL!

Toda a criação é ordenada, segundo sua própria ordem natural que define seu nascimento, desenvolvimento, progresso e interação social, como é o caso da humanidade.

Esse conceito da “Teoria de Gênero”, como se auto proclama, não passa da conceituação teórica na divagação intelectualóide, que procura “pelo em ovos” e “chifre em vacas”, como produção socialista/comunista que descobriu mais um instrumento de confusão, no afã de, via projeto apelativo, inferir nos modelos escolares, com intuito de inocular nas mentes das crianças, um novo método de pensar a questão do “SER” masculino e feminino!

O conceito de ORDEM NATURAL das coisas está sendo deturpado nas novas maneiras da livre concepção sobre homem e mulher, segundo a qual, à revelia do livre pensamento, os jovens e crianças podem acharem-se “feminino ou masculino”, dentro do conceito da troca de gêneros!

O desvario intelectual beira às raias da inconsequência quando “pelo em ovos” ou mesmo “chifre em vaca” refletem o intelectualismo socialista/comunista que subvertem critérios da divina criação, quando, HOMEM e MULHER são os parâmetros da criação da humanidade!

Portanto, o conceito de “TEORIA DE GÊNERO”, é uma perversão da sexualidade e em nada soma para o progresso social da humanidade; Muito ao contrário, conflitua a paz social da juventude ameaçada por tão ignóbil ameaça!

Há uma base sólida no processo que generaliza os gêneros – masculino e feminino; imutável na ordem natural das coisas!

LINDO CÉU DE AZUL ANIL

Céu de um imenso azul!

Azul de alegria e de paz!

Meus olhos contemplam,

O esplendor da criação,

No azul de infinitude,

Que encerra a amplitude,

De um criador da perfeição!

Acima do sol dourado,

A agasalhar o homem

Em mistério sagrado,

Um manto azul de amor

Convida-me com ardor

A mergulhar nesse mar azul,

E banhar-me nas ondas

Do grande amor que me sonda!

Esplêndido céu azul

Que envolve a Terra

Como lindo pacote de presente

Ofertado do Criador,

Em prova do seu amor!

Elevo meus louvores

Por esse belo quadro

Emoldurado de divino azul,

Que graciosamente se derrama

Na bela manhã de mais um dia!

Uma poesia meu espírito declama

Imerso no mistério de um verso

Em êxtase de fé e esperança,

No azul do Arco Iris de aliança!

Lançamento do livro "DIVAGAÇÕES POÉTICAS" na cidade de CANAS-SP

PROMESSAS DE PALANQUE

O que há com as iniciativas para o bem do povo?

Onde estão os resultados das políticas públicas

Tão propaladas e decantadas nesse governo?

Ou o povo é apenas um detalhe manipulado

Aos interesses eleitorais como gado marcado?

Das promessas alardeadas nos palanques de campanha,

O tempo passou e o governo de tudo se esqueceu!

A pobreza toma conta da população que se acanha

Cada vez mais, nos guetos por onde seu ideal se perdeu!

Nos pacotes do governo, o dinheiro toma rumos sem destino!

As falcatruas orquestradas pelo Estado escondem ilicitudes!

A voz popular se cala numa irritante quietude...

Não vemos mais soluções para tantos desatinos...

A distância entre povo e governo ficou incomensurável!

Nesse espaço habitam os interesses astutos

Da imoralidade enraizada e abominável

Com decisões e objetivos argutos!

AMOR NA PRIMAVERA

É primavera!

No botão à espera...

Na vida floresce,

O amor que enaltece.

No perfume do ar,

Um arco íris de aliança

Anuncia nova esperança!

As flores em pétalas

Forram o chão num

Caminho colorido

Por onde passeia

A alegria e o amor,

No devaneio florido!

Na primavera florida;

O beija-flor

No jardim da vida

Com frenesi, beija o amor!

O amor é assim:

Colorido e perfumado...

Uma flor de primavera,

Que do botão espera

A abrir-se no jasmim.

O BOM COMBATE

Jamais saberei desistir quando ponho os pés na estrada...

O desafio começa, quando arregaço as mangas da vontade,

E miro o objetivo cada vez mais próximo nas passadas

Que na caminhada, vou vencendo os obstáculos das veleidades.

Das dificuldades tiro aprendizados na faculdade da vida...

Prova a prova vou sendo avaliado e testado sem medida...

Raça e determinação são as cartilhas que balizam minha luta!

Paciência e temperança é a balança do meu equilíbrio!

Fé e esperança é a bússola que sempre me aponta o norte!

Jamais desistirei, pois a luta da vida é para os fortes no ânimo!

No caráter e na honra saberei buscar o meu destino,

E conquistar o que preciso fincando raízes como o cânhamo

De lenho forte de madeira de lei. Assim quero viver sem desânimo!

Sob as luzes da razão e os ditames do meu coração esperançoso,

Sou um combatente da vida. Meu teatro de operações é a minha solicitude,

Que sob a égide da fé, da esperança e da caridade, encontro forças,

Para enfrentar os inimigos da felicidade e da paz, com as armas das virtudes!

Com os pés na estrada da vida, combato o bom combate com as armas

Das virtudes que plenificam o meu existir, como troféus de puro ouro!

Forjados no cadinho do Criador, fui lançado ao campo de batalha, para

O desafio de uma existência a conquistar os lauréis do céu vindouro!

SILÊNCIO PARA OUVIR

É no vazio do silêncio

Que ouço a voz do coração.

Nas palavras silenciosas

Que me falam atenciosas,

Elas jamais gritam.

Minha razão filtra

A verdade transparente,

E configuram minha mente

Sem o barulho confuso

Do raciocínio obtuso!

Na paz do silêncio ouço

A voz da razão a me dizer:

“Ouça e reflita com sabedoria”...

No silêncio posso ouvir

Os ditames da minha consciência,

E elaborar as soluções

Para o meu caminhar.

Na quietude de minha alma,

Que clama por paz

No silêncio que me traz.

RUMOS DE UMA NAÇÃO

A compreensão é aviltada no desafio de um discurso.

Na tentativa da persuasão, tentam impor-nos  solução...

Uma subversão de valores e princípios está em curso,

Camuflando a verdadeira concepção ao cidadão!

Discurso que falseia a verdade cívica com mentiras,

Travestindo a civilidade num curral imoral e falido

Pelos tentáculos abusivos da cultura política disforme,

Fomentado por um Estado avesso e combalido.

Porta voz desse Estado (de coisas,) a mídia cabrestada,

Formatada pela Imprensa marron e macomunada ,

Forja acintosamente a opinião pública abestalhada,

E leva uma nação à falência despudorada!

Arroubos de democracia semelhante

À “democratura”, brotam da CASA DO POVO”!

E aprisionam como tentáculos de um polvo

A liberdade pátria, cerceada e cambalhante!

Na reação silente de nossa gente clemente,

O senso de brasilidade se eleva à Bandeira,

Que do verde-amarelo tem a ameaça do vermelho

E tinge nossa esperança ordeira e altaneira!

Os rumos de uma nação idealista

Perdem-se na subversão velada

De uma cartilha comuno-socialista!

De olhos vendados, a sorte está selada!

DIA CELESTIAL

Descortina-se mais um dia...

Brisa fresca e sol dourado...

No cumprimento, um “bom dia”

Num cenário bem humorado!

Sorriso aberto e sincero...

Olhar para o céu anil,

De coração aberto

De felicidades mil!

Tanta esperança com fé

No dia que nasce alvissareiro,

Que começa no saboroso café

E termina no conforto do travesseiro!

Paz, alegria e muita esperança,

Assim é um dia muito especial!

É tudo o que a existência clama,

De apenas mais um dia celestial!

AGRESSÃO

Momento aflito

De reles conflito

Sem paz nem luz

Sem consciência...

A razão na ausência,

Pensamento irracional

De agressão imoral.

Descontrole emocional

De palavras torpes...

Estupidez inconsequente

Em atos imponderados,

Brotam do subconsciente,

Com embates acalorados!

Faces da aflição desfiguram

As configurações da paz,

Que sem razão destronam

A felicidade fugaz.

UMA PRECE A ELE

Uma prece carece

À alma que padece

Na paz que oferece

E do céu desce

Uma graça acontece

Do Onipotente

Um presente

Ao seu ente

Que consente

Paz que compraz

Não se olha para trás

Amor que apraz

Certo por linhas tortas

É tudo o que ELE comporta

FOLCLORE

De imensa riqueza cultural, o folclore do Brasil,

Se expressa de maneira diversificada por todo o país.

Com lendas, costumes e tradições,  enriquece

E identifica as regiões brasileiras de muita raiz!

Lá nos pampas gaúchos uma figura singular

Reflete uma lenda de um menino escravo:

“NEGRINHO DO PASTOREIO” que acha coisas perdidas

E as coloca sempre num determinado lugar!

Desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul,

De uma perna só, com cachimbo na boca,

O “SACI PERERÊ” adora travessuras!

E quem capturar sua carapuça realiza um desejo!

Nas madrugadas de quinta para sexta-feira,

A temida “MULA SEM CABEÇA” rodeia as igrejas!

Dizem que é uma mulher amaldiçoada

Que se apaixonou por um padre!

A “CABEÇA DE CUIA” é do Piauí às margens do Rio Parnaíba.

Matou sua mãe que lhe jogou uma maldição:

Passou a vaguear pelo rio com enorme cabeça

Na forma de uma cuia assustando os pescadores!

Um monstro da Amazônia que mata

Quem está perdido e assusta com seu grito!

É o “MAPINGUARI” que vive dentro da floresta,

E de uma fome insaciável que às vezes

Confunde-se com o curupira de pés para trás!

Ela vive no litoral do Brasil;

Metade sereia e metade mulher,

É “IARA” que com seu canto seduz

O marinheiro e o pescador!

De dia ele seduz as moças solteiras,

Como rapaz bonito que

De madrugada, depois de namorar,

Volta a ser o “BOTO COR-DE-ROSA”!

Serpente gigantesca de olhos brilhantes,

O “BOITATÁ”, geralmente aparece à noite,

E de terrenos pantanosos...

Ou de sepulturas sinistras!

Nas noites de lua cheia,

Ele aparece transformado

No “LOBISOMEM”, que

Ataca a todos com enormes presas!

Do FOLCLORE as figuras mágicas

Dão vida à história e

Injetam medo e suspense

Nas encruzilhadas, florestas e mares,

Das crendices populares do mundo!

SÓ SEI QUE HÁ UM CAMINHO...

Se,  fui...  Vou... Ou irei!...

Jamais saberei... Só sei,

Que há um caminho

Onde seguirei sozinho!

Somente eu singrarei

Por entre as veredas

Do meu destino imutável...

Ainda que a dificuldade provável,

Ceda à força da felicidade

Que premia o êxito da boa vontade,

Na conquista do meu objetivo final!

Só sei que há um caminho:

De relva ou de espinhos,

Desértico ou pedregoso,

Reto ou tortuoso...

Mas é o meu caminho,

Por onde terei que seguir,

Por entre coisas que plantei,

De cuja colheita me espera

Com as sementes que semeei!

Só sei que há um caminho

Que me leva ao meu destino!

SEMÁFORO DA VIDA

“PARE” e dê-se um tempo para pensar...

Recicle-se do torvelinho de ideias

Que passam velozmente pela mente,

E muitas vezes excluem a paz clemente!

“OLHE” com os olhos da alma,

O que teu coração deseja ver.

Perceba com teus sentidos,

Aquilo que desejas crer!

“SIGA” com coragem e vontade

Teus caminhos no teu destino!

Na esperança que de tua bondade

Alcances os frutos de tua humanidade!

Na rotina da tua vida,

Sempre te deparas

Com um grande semáforo:

Ele é o farol que te guia;

Pede-te a parar na prudência;

Sinaliza-te a olhar com sapiência;

Ordena-te a seguir  com clemência. 

PARE, OLHE e SIGA!

No trânsito da tua rotina,

A norma é que prossiga...

O objetivo a atingir

É a tua vida a construir!