IDENTIDADE
Somos o que somos?...
Ou aquilo que o Estado quer?
No salve-se quem puder,
seremos em breve um número...
Ou um código talvez,
que expresse a nossa existência!
A individualidade
pessoal começa a virar uma “coisa”...
No curral eleitoral
já estamos confinados e marcados...
O povo já não é mais
uma sociedade... É apenas um detalhe!
Homem e mulher ficam
à mercê da “Teoria de Gênero”!
A criança e o jovem,
tratados por caminhos efêmeros!
Minha identidade
hétero ou homo...Não passo de um gênero...
No contexto animal
serei sempre macho ou fêmea...
Na pele levo uma cor
no arco-íris racial...
Sou visto por um
prisma preconceituoso!
Com identidade de
rico ou poderoso,
Não sou, nem existo
se, pobre ou defeituoso!
A atual identidade
humana está impressa
No poder, na cor e no
status de rico!
O pobre não se identifica,
apenas vive seu ostracismo!
O hétero tem no seu
oposto, um inimigo;
E vice-versa, que
gera intriga de identidades
Como se fossem
objetos de estima e raridade!
Diga-me o teu
número... Diga-me o teu código...
E saberei quem és...
Tua individualidade
Está mensurada no
registro de um programa;
E no computador você
pertence a um arquivo
Cujo valor não passa
de um conjunto ativo
Sempre contado,
medido, pesado e arquivado!
Assim o Estado vai te
dominando e confinando
Como uma coisa a Ele
pertencente!
A nossa real
identidade está decadente!
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