sexta-feira, 31 de julho de 2015

CARÁTER E HONRA

O caráter é como uma pérgola
Erigida no ápice da moralidade,
Onde as harpas celebram cânticos
Em harmônicas notas de encantos,
A louvarem da razão a honra,
Modelando em todos os recantos
Como suave melodia da alma!

O caráter é a doce brisa que sopra
Nos campos da hombridade.
Traz refrigério à humanidade,
E enriquece com sabedoria!
A vida enaltece com honra,
Aos caminhos com benfeitorias,
E sobrepuja a desonra!

Honradez de caráter;
Pérola no oceano calmo,
Achada na concha mater...
Dos cantos, és um salmo!






VIDA... UM DOM

Como uma bela flor
Tratada com carinho e amor,
A vida, como um dom,
Deve ser cuidada
E preservada
Com desvelado ardor!
Que não temos posse
Porque recebemos do Criador!
Ela é emprestada por um tempo...
E temos o dever ao desfrutá-la,
Administrando-a sem refutá-la!
Em sãs atitudes, e procedimentos,
Oferecê-la como penhor
De paz, harmonia e alegria!
No contexto humano,
A vida exemplar,
Outros contagia!
Vida... O maior dos dons!
Caminho de felicidade,
Rumo à santidade!





quinta-feira, 30 de julho de 2015

INIMIGO ATROZ

Ao inimigo atroz e declarado,
Minha compaixão com alegria!
Ao seu ódio que contagia,
Dou-lhe carta de alforria!

À sua empáfia e orgulho,
Ofereço a minha oração...
Ao seu coração cheio de entulho,
Estendo-lhe minhas mãos!

Do inimigo tenho admiração!
Por ele alcanço a santidade!
Se dele recebo um bofetão,
Garantia, tenho de caridade!

Se não me permite conciliação,
Sacudo minhas roupas da poeira...
Ofereço-lhe meu perdão,
E a paz é minha companheira!

Ao inimigo atroz,
A justiça chega veloz!
Tua garantia é a
Minha carta de alforria!

Desejo-te tua libertação
Ainda que na inimizade...
E na tua dureza de coração,
Meu perdão te persuade!





quarta-feira, 29 de julho de 2015

INCLUSÃO & EXCLUSÃO

Fora ou dentro?
Incluso... Excluso...
Conceitos do momento
De uma vida de dois lados:
Inclusão, via de uma mão...
Exclusão, na contra mão!
Numa Torre de Babel,
A confusão tem Premio Nobel
Critérios de novo pensar...
Um olhar à modernidade
Que inclui e exclui
A ricos ou pobres,
Letrados ou incultos
Vinho bom em novos odres,
Preconceitos com intuitos
De agregar e separar!
Com “inclusão” e “exclusão”,
Jamais haverá “comunhão”!




DOÇURA DE MEL

Amigo comigo
Junto no caminho.
Amigo das horas...
Nele confio;
Sua amizade é alimento!
Da minha fé é sustento!
Amigo de sempre,
Que me compreende!
Amigo fiel.
Doçura de mel.
Amizade antiga
E duradoura;
Sempre bem vinda
E imorredoura.
Na fidelidade
E na humildade,
Sempre pronto
Para um encontro!
No aperto de mão,
Amor que vem do coração!
E no abraço apertado,
Assim é um amigo selado!

CRISE

Ela vem sempre em reprise;
Na existência humana se repete.
Hoje tudo está em crise...
As virtudes o homem repele!

Crise da economia,
Crise de cidadania,
Crise da moral,
Crise espiritual...

A vida está em crise...
E criada pelo próprio homem!
Que a paz não encontra!
À guerra, a humanidade está pronta!

Na incapacidade de viver bem,
A sociedade assim caminha,
Por entre dúvidas e incertezas,
As crises são suas veredas!

O país está em crise de Estado!
Seu governo, como barco à deriva...
Nas ideologias espúrias está infestado...
Sem reagir, o povo é enganado!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

OLEIRO E O GOL

No passe de bola errada,
O vício para o chute certo.
O gol de vida nova...
Nova criatura sai do deserto!

Vaso novo nas mãos do oleiro que
Modela no barro da existência,
E com sopro de milagre,
Concebe de sua sapiência!

No jogo da vida, nova vitória;
São conquistas como gol
Marcado na peleja decisória!

Modelado no barro da sabedoria...
Da fuga do velho homem no vício,
Nasce criatura nova, como chute certo,
 Uma bandeira branca de armistício!






Um conto...


O REI NOMEIA O REI

Numa terra distante e milenar, havia um pequeno garoto que pastoreava nos campos. Era bonito e esbelto entre todos os outros. O jovem era destemido e corajoso, atributos que exercitava nos seus afazeres. Certo dia fora molestado por um gigante filisteu que o desafiou e tentou mata-lo.
Houve uma contenda sem igualdade. O pequenino rapaz era uma pequena pulga diante do gigante ameaçador.
Num ato de inteligência e destemor, o pequeno rapaz, na sua pequenez, armou-se de uma “funda” munido de uma pedra. Às ameaças do gigante filisteu, aceitou sem medo o terrível desafio, girando rapidamente sua arma em direção ao poderoso agressor. Ao soltar a pedra que atingiu frontalmente a cabeça do gigante que desabou ao chão desfalecido.
A partir desse ato o garoto franzino cresceu e conquistou as afeições de um Poderoso Rei que o escolheu para, também reinar.
O Rei não era deste mundo, mas o escolheu para reinar no mundo.  O Rei do céu entronava no reinado da Terra, o seu escolhido: “O REI DAVI”.
No reinado consolidou e firmou o poder real primeiro sobre a tribo de Judá e depois das de Israel.
Davi no auge de seu reinado corrompeu-se com suas concubinas e governou até sua velhice quando preparou a entrega do seu reino ao filho Salomão.

E Davi adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. Seu reinado sobre Israel durou quarenta anos.
PRAIA

Bela manhã de sol dourado
Em areias brancas da paz.
Gaivotas ressoam um hino
De alegria esfuziante
Na praia da vida fulgurante,
Acariciada por ondas calmas.
Elevando numa prece as almas,
Com louvor ao Criador,
Num quadro de puro amor!

Águas verdes da esperança.
Céu anil de profunda bonança.
Areia macia como cama
Que se deita nos deleites,
Na busca frenética de quem ama!

Brisa marinha de carícias,
Ondas atrevidas que chispam
Chegando de longe nas delícias
De espumas borbulhantes crispam!

Paz dourada de
Amor dourado,
É felicidade molhada
Em corpo suado

Na areia branca da paz!

Lançamento do meu livro "DIVAGAÇÕES POÉTICAS" na Sessão Solene da Academia Lorenense de Letras e Artes.







domingo, 26 de julho de 2015


TEMPOS DE OUTRORA

Nos idos de outrora
Íamos sem demora
Pisando no chão duro
Que parecia  veludo!

O longe virava perto...
Com passadas firmes,
Andávamos espertos de
Peitos estufados e esbeltos!

Bebia-se água da bica!
Chupava-se laranja no pé!
A cada dia, nova fé!
No cumprimento tirava-se o boné!

Saudades dos tempos idos
Com ar puro e sem poluição!
Da conversa entre amigos!
Dos folguedos de pé no chão!

Na relva fresca e macia
Como carícias da natureza,
A chuva quando caia,
Era benção benfazeja!

Aqueles prazeres distantes
Ficaram nas saudades...
Hoje no asfalto quente,
Correm veloz, as veleidades!

Quase não há mais relva...
As sombras frondosas...
E os pássaros assustados...
Sem árvores bondosas...

Movimentos agressivos
Furtam a paz e a calma,
Com gestos intempestivos,
Transitam pessoas sem alma!

Celulares aumentam as distâncias...
Não se falam mais cara a cara!
Sem o aconchego das presenças,
Nas ausências tudo se mascara! 

Saudades da liberdade de ir e vir!
Sem medo nem receio
A vida parecia um recreio,
A felicidade e a paz estavam sempre a sorrir!

Tempos idos que não voltam mais.
Folguedos e romantismos,
Nos tempos de hoje, jamais...
Vive-se hoje no ostracismo!









sábado, 25 de julho de 2015

OPÇÕES

Bem ou mal... Será o qual?
Alegria ou tristeza...
Na vida são torpezas!
Doença, saúde...
Mentira ou verdade?
Virtudes ou veleidades?
Encruzilhadas sem placas!
No trânsito da existência,
Opções de consciência,
Levam ao norte
Com sorte!
Sorte ou azar,
Opções a enfrentar!
Vida ou morte:
Ponto final
De um aporte...
Você escolhe a opção,
Segundo a sua razão...
Mas é de bom alvitre
Que opte pelo livre
Amor... Escolha certa!


FIDELIDADE
Oh fidelidade amiga... Tu estas sempre à minha disposição
Tu convidas-me a ser-me por inteiro íntegro e autêntico
Ofereces-me as oportunidades da santidade e retidão
Do meu caráter sois a guardiã e o porto seguro
Nos mares revoltos de minha existência me seguro
Nos pilares que escoram minhas atitudes

Oh fidelidade amiga... Acompanhas-me com solicitude e
Convidas-me a aceitar tua brandura de coração
Fazendo o meu semelhante ao de um cristão
Por ti, devo me entregar e ser fiel aos teus apelos!
Às verdades que tu me ensinas  são bálsamos redentores,
Quais faróis a iluminarem os viajores!

Oh fidelidade amiga... Concedas-me esse dom
Inefável e agradável ao meu existir
Que eu, nas minhas limitações possa sentir,
E provar dos teus benefícios  amando toda
A verdade que jamais me engana
Pois todo o mal a profana

Oh fidelidade amiga...
Comigo sigas.
Livre-me das intrigas
E das mentiras,
Afaste-me em segurança!
Nas bem-aventuranças,
Ensinai-me a acolher-te!
E com responsabilidade,
Buscar minha felicidade!







AMOR
Amo o amor
Com o ardor
Que me consome.
Não tem nome...
Somente sentimentos
Em movimentos,
Que da vida atrevida
Passam pela existência
De sua essência.

Amo o amor sempre!
Pois ele me consente
Sem nada pedir!
Convida-me a seguir
Por caminhos floridos
E espinhos doloridos!
É a paz que me compraz,
A felicidade que me traz!

O amor é a seiva da vida;
O sangue da alma;
A tribulação acalma!
Jugo leve,
Ainda que eu leve
A cruz como penhor,

Eu amo o amor!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

CRONICA

TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES
O discurso das elites do governo, mais parece ladainha em procissão. Tudo se repete e nada acontece. Promessas descumpridas e acintes às expectativas dos cidadãos que enganados ainda estão de mãos atadas ante a velada ditadura que está se impondo, lenta e gradualmente na pirâmide social, onde do cume a opressão se derrama desde a cúpula do governo, passando pelas classes dominantes, sem fazer muito estrago e espremendo cruelmente a base da maioria pobre trabalhadora.
Não temos no país, uma clara definição de programas nem de planejamentos. Tudo é empurrado de barriga. Vê-se nas decisões congressual, uma continuada ladainha, quase sempre na base do “toma lá, da cá” o que sempre caracterizou interesses político-partidários em arroubos de corrupção desvairada.
Se considerarmos que o povo não tem uma cultura política que oferecesse uma pressão das bases da sociedade, devemos crer que a consequência dessa deformação cultural, são os “currais eleitorais”, “os bolsas famílias”, “os bolsas presidiários” e muitas outras formas de se comprar consciências das grandes camadas pobres do povo que é a ferramenta que dá suporte à essa ganância de poder que grassa o nosso Congresso que deveria ser a casa do povo, no entanto, é a casa de uma elite corrupta que se encastela cada vez mais nos estamentos políticos.
Como isso vem do topo da pirâmide de “ABRANTES”, certamente e por um efeito cascata ela chega também, às Assembleias Legislativas Estaduais e Prefeituras e Câmaras Municipais como aprendizes das falcatruas ensinadas pelos professores eméritos que  macomunam-se nos mais altos porões do governo!
Por fim, nesse “quartel de Abrantes”, onde reinam inimigos declarados dos fardados, controlam como marionetes, a casa judiciária cujas leis não são nem um pouco respeitadas e acatadas... Haja vista os escraches contra a nossa “Constituição Federal”, nossa Carta Magna, que é constantemente aviltada como uma “carta na manga” em conchavos de Medidas Provisórias e outras artimanhas ao arrepio das nossas leis!
Por ocasião da entrega do governo militar ao poder civil, o contexto da época era de um Brasil, relativamente encaixado, onde as perspectivas de futuro se apresentavam promissoras. A economia ia bem e estava estabilizada a nossa moeda, a inflação e a balança comercial, ajustadas... O povo vivia em paz... A polícia controlava a criminalidade com braço e pulso firme... Instituições como a família e a escola, navegavam em águas calmas e promissoras... Os salários eram equilibrados e justos... A esfera política, ainda assustada com os desfechos encetados pela ditadura, se apresentava à altura das necessidades do Estado brasileiro que reclamava por um Congresso ordeiro e cidadão...

Mas esse mar calmo rapidamente se transformou em mar bravio e revolto. Foram dadas todas as condições de infraestrutura à uma horda de brasileiros incautos, irresponsáveis e levianos que, “como melado em mãos de crianças”, foram tomados de tamanha sanha de poder e estamos pagando um preço muito alto pela ganância que fere e desequilibra o “andar da carruagem” porque está “TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES”!
CONCEPÇÃO POÉTICA

Conceber poesias
É não perecer na criação.
Poesias não são criadas,
São concebidas...
Vêm intrometidas...
Brotam no coração,
E vêm à luz da concepção.

Falam no silêncio da alma.
Divagam em devaneios.
Surgem por atalhos.
Aninham-se em retalhos!

Da vida ela
Convida a reflexão.
Por entre estrofes
E versos, leva à meditação.

Pela poesia
Mira-se a realidade!
Como a maresia,
Ela penetra com facilidade!




quinta-feira, 23 de julho de 2015

 Ah... Minha neta!

Vi-te vir ao mundo com feição de anjo.
Minha primeira neta veio pra alegrar-me.
Carregando-te ao colo e sem protocolo
Embalar-te pra dormir e sonhar!
Você cresceu e hoje corres e brinca como menina
Travessa, sorridente e muito inteligente!
Abusas da paciência do vovô e da vovó...
Nas gostosas gargalhadas você derrete
Nossas emoções com inocentes perguntas
Que nos deixam sem respostas e mãos juntas!
Com teus cinco aninhos e um par de lindos
Olhos azuis, nos cativas com lindo sorriso,
Que nos remetem ao teu paraíso!
Ah minha neta muito amada e querida:
Tua inocência nos vale mais que uma guarida
Nas paragens lúdicas da tua vida!
Você é a pérola branca e desejada
Que pescamos no imenso mar da felicidade!
Apesar da distância, viestes nos visitar
Trazendo a alegria de nos amar,
O aconchego doce do teu falar...
Ah minha querida neta KAYLEE!
Nascida em distante país estrangeiro,
Na tenra idade falas o português e
Conversando com os avós queres  saber os “porquês”!
Sua simplicidade te faz buscar amizades
Sem constrangimentos e com facilidade!
Teu coração aberto, a todos conquista!
Tu és a nossa neta bondosa e dengosa!
Agora que fostes embora,
Para a terra onde moras,
Saudades você nos deixou!
Por  dias,  juntos passeamos,
Eu e você brincamos,
Rimos juntos,
Divertimo-nos e você nos alegrou!
E na sua partida, no aeroporto nos deixou!








domingo, 19 de julho de 2015

OLHAR PARA O CÉU...


Olhar ao infinito é mirar o céu;
É elevar uma prece como penhor,
Louvando a Deus pelo troféu
Que nos ofereceu pelo Seu amor!

Olhar para o alto é buscar a paz
Que no mundo não se pode achar...
E jamais olhar para trás;
Pois o amor se deixa encontrar!

Olhar para o céu é estar perto do Criador,
Desconhecendo as distâncias do mundo,
Para percorrer com o espírito de ardor,
As paragens santas de tamanho esplendor!

Olhar para o alto é elevar uma prece
Ao coração puro do Altíssimo!
É algo que certamente acontece
Em nome do Santíssimo!

Olhar para o céu é ser réu...
É reconhecer- se pecador...
Buscar a graça do perdão,
E lá conquistar o divino quinhão!



CONFUSO

Onde estou?
Por onde vou?
Pelo Norte...?
Ou pelo Sul...?
Sem suporte
Nem direção!
Sigo a esmo...
Sou eu mesmo?
Paro ou sigo em frente?
Uma surpresa de repente!
Não entendo!
Falta-me clareza!
Da natureza,
Já não pertenço.
Vivo sem consenso.
Meu equilíbrio está penso!
Meu corpo alquebrado
E quase ao chão...
Sem rumo nem direção,
Vivo em confusão!
Não acho a razão,
E de antemão,
Estou um zero à esquerda
Ou à direita...?
Uma luz à espreita!
Obstáculos impedem
De vê-la na cegueira!
Olho e não vejo...
Ando e não caminho...
Respiro e não vivo...
Estou confuso!
Meu pensamento obtuso!
Ah... Quem sabe pelo Leste...
Ou pelo Oeste?


DEVANEIOS

Para além da imaginação,
Numa fronteira intransponível
Só permitido ao pensamento,
Transpassam limites da divagação.

Corrida frenética e sem freios,
Invadem territórios imaginários...
Em aventuras de devaneios,
Buscam indefinidos corolários.

Entre a realidade e fantasia,
Linha tênue de um sonho,
Num alimento que extasia e
Na divagação se esvazia!

Pensamentos errantes
Divagam-se em utopias!
Em sensações alienantes,
Passam como ventanias...






sábado, 18 de julho de 2015


A POESIA QUE FASCINOU-ME


Como a chuva rega o chão árido...
E a luz que afugenta as trevas...
O sol que aquece o frio...
E o alimento que sacia a fome;
“Assim foi a poesia que me consome”!

Ela chegou e desafiou-me.
Cercou-me com sua sedução,
Tal qual o mel convida a abelha,
E a faísca atrai a centelha...
Abusou da minha imaginação!
Invadiu sem permissão
As fronteiras emotivas!
Fez-me arrebatar às letras...
Com grande ímpeto abriu
Meus anseios e definiu!

Um a uma elas foram chegando...
Nos meandros da vida
Fui mergulhando
E nadando pelas águas da existência.
Elas foram tomando conta,
Como imenso oceano de ondas
Desnudando a vida atrevida..
Avançando os limites infinitos
De minha imaginação poética,
Levando-me às estrofes épicas...
Descobrindo os mistérios dos versos...
Revelando-me grandezas desse universo!

A poesia fascinou-me!
Na estrofe viciou-me!
Com versos rimados
Vagueando expalhados...
Se intrometendo astutos
Em divagações poéticas
Como construções geométricas,
Desnudando realidades...
Mostrando vaidades!







sexta-feira, 17 de julho de 2015


VOZ DA CONSCIÊNCIA


Uma voz que nunca se cala;
Que grita, questiona e fala;
Voz de alerta de sapiência...
Ela é o suporte da consciência!

Jamais se deixa enganar...
Ainda que as tendências
Leve o humano a errar,
Sempre aponta as pendências!

Voz da consciência:
Luz que afasta a escuridão;
Farol de prontidão
Ilumina a vida com leniência!

Quando ela se calar,
A consciência dá lugar
À demência implacável
De loucura indomável!

Ouvir a voz da consciência,
E acolher com bom senso
Afastando a auto suficiência,
É ter razão de consenso!




JANELA DA VIDA

Da janela da vida,
Vejo minhas lembranças
De muitas andanças
Por atalhos, vielas e caminhos...
Como um pássaro na busca de ninhos!
Da janela da vida,
Vejo muitos quadros:
Alguns belos outros sem moldura...
De paraísos, outros de tortura...
Da janela da vida,
Que me convida
A assumir da paisagem
Minhas paragens...
Da janela da vida,
Nunca vou saber
De como fazer:
Se de um lado, ver;
Ou de outro perecer!



MENTIRA

Latente se faz na mente,
O vírus de quem mente
E não suporta a verdade,
Pois vive das veleidades.

Na infâmia da enganação,
Não suporta a retidão
Com índole insolente
E de caráter doente.

A mentira é sua sina!
Vida plena de propina!
Da honra ela desatina!

De pernas curtas
Nas estradas curvas...
Em águas turvas!

Mentir e sentir
A honestidade partir...
Mau caráter parir.




quarta-feira, 15 de julho de 2015


BODAS DE RUBI


Como uma pedra preciosa,
Incrustada no nosso amor,
Celebramos esta graciosa
Bodas de Rubi com louvor!

Quarenta e cinco anos
De uma feliz convivência!
De uma árvore são ramos
Plenos de graças e bem querência!

Família preciosa e dadivosa
Sob as bênçãos do Criador!
Com uma esposa amorosa
E filhos queridos de muito amor!

Somos uma pequena igreja,
Plena de muita fé e esperança,
Que vive sob a graça benfazeja,
E nas promessas da divina aliança!

Kellen, Dani e Marcos:
Frutos e presentes do Criador!
Rosely e Alfredo, somos marcos
De uma aliança de amor!








quarta-feira, 8 de julho de 2015


ALQUIMIA

Nem ouro nem prata valem mais que a vida!
No seu transcurso há uma misteriosa alquimia:
Seus reagentes combinam entre amor e ódio...
Novas substâncias são criadas a cada dia...
A cada etapa um novo procedimento reagente...
O homem como agente detém sua alquimia!

No torpor de sua paixão, misturas explosivas!
Deixam um rastilho de pólvora armadilhado.
E nos critérios dessa química, reações intempestivas,
Torna sua vida num campo minado!

Na misteriosa alquimia algumas surpresas:
Mistura do amor com a alegria e paz,
Vêm como reação na vida, as belezas,
Que na sua vida o torna capaz!








EPIDEMIA DE ESTADO

É ridículo e aviltante
Tanta irresponsabilidade
No dia a dia ultrajante
De acintosas maldades!

Afrontas à cidadania
Proliferam como epidemias
Em bolhas sem vergonhas
Em intermináveis endemias!

Civismo e cidadania,
Virtudes de uma nação,
Que clama à soberania,
As expensas da educação!

O Brasil está doente...
Nossa esperança temente...
O vírus da improbidade,
Adoece o país inclemente!

No sintoma da impunidade,
O País sem rumo e errante,
Fica à mercê da calamidade
Imoral de seus governantes!

Terra de muitas leis
E de alguns reis...
Que oprimem o Estado
Sem serem molestados!





MUITA CALMA NESSA HORA!

Chegou a hora de uma decisão!
Muita calma nessa hora;
Embora seja difícil e complicada,
Urge uma atitude equilibrada!

Dúvidas e incertezas pesam
Na balança da consciência;
Se, afoitas sempre lesam,
As decisões na incoerência!

Equilíbrio e ponderação;
Virtudes de sabedoria,
Levam a uma conclusão:
Muita calma e com alegria!

Muita calma nessa hora...
Pare e pense, muito embora,
Tenhas que decidir agora,
Muita calma nessa hora!






“DI MENOR...”!

As despudoradas veleidades
Que grassam no Congresso e
Na Justiça da brasilidade,
Extrapolaram os limites e
A compreensão da cidadania!

Ao menor é facultada toda a
Permissividade vergonhosa,
Desdenhando da cultura e educação,
Criando uma juventude perigosa!
Sem rumo e formação!

“Sou di menor”! Não sou preso...
Se mato, se roubo, se trafico,
Como um acinte sem medo
Sou “di menor” e assim fico!

Protegido e desorientado,
Pela lei o menor criminoso,
Alimenta seu caminho focado,
E já tem experiência de idoso !

Pensa e age como adulto...
No desrespeito e no abuso,
O “di menor” segue astuto,
Com seu cérebro obtuso!

Produto de nossa cultura
Desprovida de estrutura!
E sem educação convincentes,
Nem leis suficientes!

“Di menor”... Feito gente,
Agride e rouba como demente!
À sociedade futura deixa semente...
Assim caminha nossa gente!





terça-feira, 7 de julho de 2015


INDIFERENÇA

Passos apressados...
Faces carrancudas...
Atitude de indiferença...
Sem notar a presença
De alguém ao lado,
Que pede um trocado!

No deserto comunitário,
Isolado numa redoma,
Há um pressagio de sintoma!
“Carência e ausência de amor”!
Com passadas desvairadas,
Sem amizade e com temor!

Assim caminha o homem...
Circunspecto no seu eu...
Na multidão, mas isolado,
Apreensivo e preocupado,
Não reconhece seu semelhante;
Desfigurado é o seu semblante!






 TROVAS MALANDRAS

 Tem dia que só dá urucubaca;
  Tem noite que só balacobaco;
  Meirmão a coisa tá feia...
  Parece aranha na teia!

  Sai de baixo e se manda;
  Dá no pé e sai pela varanda!
  Hoje deu urucubaca!
  Tá tudo com nhaca!

  Se ficar o bicho come;
  Se correr ele te pega;
  O azar te consome...
  Se encarar ele te leva!

  Na base do balacobaco,
  Não me encha o saco!
  É conversa pra boi dormir...
  Tô fora desse papo!

Meirmão, toma seu rumo,
Que eu tomo o meu!
Tá tudo no prumo,
E nada aconteceu!

Pobre quando dirige,
Só anda na contramão!
No caminho ele se aflige,
E dá de cara com o caminhão!

Balacobaco e urucubaca,
Sapo enterrado no barranco,
É muito azar e “nhaca”!
Pra encarar é só no tamanco!

Em terra de rei,
Nunca errei!
Mas sempre sei,
Que não serei rei!




domingo, 5 de julho de 2015

REJEITADOS

Pobres filhos da vida imoral!
Caminhantes e rejeitados,
Vivem à margem social,
Como coisas, e descartados!

Jamais alcançam os sonhos
De consumo e sobrevivência...
Vivem horizontes tristonhos,
Na rotina de sua existência!

Subjugados a vida de escravos,
São vítimas da inadimplência!
Numa bola de neve são rejeitados!
Deles, o Estado não tem complacência!

Rejeitados por serem pobres...
Rejeitados por serem analfabetos...
Rejeitados a vazios cofres...
Rejeitados enfim: “Pela sociedade”!

Rejeitos humanos,
Em caminhos insanos.
Como coisas julgadas,
Em vidas rejeitadas!



QUATRO MOMENTOS DE FÉ

Ele nos reúne...
Ele nos fala...
Ele nos santifica...
Ele nos envia...
Quatro momentos de fé,
Resumem o mistério da salvação!
Reunindo Ele forma Sua Igreja;
Nela nos fala com sua Palavra;
Partilhando o pão e o vinho,
Santifica-nos e nos envia a testemunhar!

Quatro momentos de reflexão;
Na atualidade da Ceia Santa,
Dá-nos no presente do altar a visão
Da partilha em comunhão!







BEM-TE-VI

Bem te vi”... “Bem te vi”...
Às essas notas musicais,
O vô Marcos se animava...
E com pequenos silvos labiais,
Ele respondia aos seus amigos
Com natural alegria!

Os pássaros cantantes,
Conversavam com vô Marcos!
Pousados nas antenas
 “Ele” de dentro de casa,
Os ouvia e os reverenciava...
Era assim que o vô gostava!

Agora, sem “ele” ouço
O canto triste e lembro
De meu saudoso pai
Naquelas notas tristes
Que o chamam na saudade!
E os bancos vazios são a realidade...






VEM PARA FORA!

Uma voz forte e incisiva
Clama: “Vem para fora”!
O amor divino que aflora
E tira as faixas, que da morte
Envolvem o corpo e a alma,
Da fria e escura lápide inerte!
O Mestre de Nazaré que
Chama-te à vida e
Por amor te convida:
“Vem para fora”! “Vem para a vida”!
Sai desse túmulo e viva...
Sai da prisão do pecado,
E vem à liberdade de amado...
Sejas um Lázaro que sepultado,
Ouve o chamado do seu Senhor;
Chamado a viver no seu amor!
Ouve o chamado do Mestre
“Vem para fora”... Volte à vida!
Sai para a luz e deixes a escuridão
E as amarras que te prenderão!
Confie Nele que te liberta e abre
As portas do teu túmulo ordenando-te:
“VEM PARA FORA”!