TEMPOS DE OUTRORA
Nos idos de outrora
Íamos sem demora
Pisando no chão duro
Que parecia veludo!
O longe virava perto...
Com passadas firmes,
Andávamos espertos de
Peitos estufados e
esbeltos!
Bebia-se água da bica!
Chupava-se laranja no
pé!
A cada dia, nova fé!
No cumprimento tirava-se
o boné!
Saudades dos tempos
idos
Com ar puro e sem
poluição!
Da conversa entre
amigos!
Dos folguedos de pé
no chão!
Na relva fresca e
macia
Como carícias da
natureza,
A chuva quando caia,
Era benção benfazeja!
Aqueles prazeres
distantes
Ficaram nas saudades...
Hoje no asfalto
quente,
Correm veloz, as
veleidades!
Quase não há mais
relva...
As sombras frondosas...
E os pássaros
assustados...
Sem árvores bondosas...
Movimentos agressivos
Furtam a paz e a
calma,
Com gestos
intempestivos,
Transitam pessoas sem
alma!
Celulares aumentam as
distâncias...
Não se falam mais
cara a cara!
Sem o aconchego das
presenças,
Nas ausências tudo se
mascara!
Saudades da liberdade
de ir e vir!
Sem medo nem receio
A vida parecia um
recreio,
A felicidade e a paz
estavam sempre a sorrir!
Tempos idos que não
voltam mais.
Folguedos e
romantismos,
Nos tempos de hoje,
jamais...
Vive-se hoje no
ostracismo!
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