domingo, 26 de julho de 2015


TEMPOS DE OUTRORA

Nos idos de outrora
Íamos sem demora
Pisando no chão duro
Que parecia  veludo!

O longe virava perto...
Com passadas firmes,
Andávamos espertos de
Peitos estufados e esbeltos!

Bebia-se água da bica!
Chupava-se laranja no pé!
A cada dia, nova fé!
No cumprimento tirava-se o boné!

Saudades dos tempos idos
Com ar puro e sem poluição!
Da conversa entre amigos!
Dos folguedos de pé no chão!

Na relva fresca e macia
Como carícias da natureza,
A chuva quando caia,
Era benção benfazeja!

Aqueles prazeres distantes
Ficaram nas saudades...
Hoje no asfalto quente,
Correm veloz, as veleidades!

Quase não há mais relva...
As sombras frondosas...
E os pássaros assustados...
Sem árvores bondosas...

Movimentos agressivos
Furtam a paz e a calma,
Com gestos intempestivos,
Transitam pessoas sem alma!

Celulares aumentam as distâncias...
Não se falam mais cara a cara!
Sem o aconchego das presenças,
Nas ausências tudo se mascara! 

Saudades da liberdade de ir e vir!
Sem medo nem receio
A vida parecia um recreio,
A felicidade e a paz estavam sempre a sorrir!

Tempos idos que não voltam mais.
Folguedos e romantismos,
Nos tempos de hoje, jamais...
Vive-se hoje no ostracismo!









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