CONTEXTOS ESCOLARES
VÃO longe as épocas, em que, as mentes produziam riquezas culturais,
ainda que, por conta das pessoas humildes, e, sem expressão literária. As
opiniões eram balizadas pela razão, e, com conhecimento de causas. Nossos avós,
por exemplo, derramavam-se em sabedorias... Nossos pais expressavam-se com
conhecimento...
Havia na dialética discursiva, lógica, no que, se falava! Havia
clareza nas expressões! Inclusive se falava bem a língua pátria! Acho, que,
isso devia-se às heranças das excelentes escolas com não menos excelentes
professores!
A nossa (incluo-me nesse contexto) cultura geral era ampla, e
abrangia vasta área do conhecimento, que enriquecia o nosso saber as
coisas! Testemunho, por mim mesmo, os
meus conhecimentos do “ginásio”: Tínhamos o “canto orfeônico”, “desenho
artístico”, “Latim”, “Frances”, “Trabalhos manuais”, entre as outras matérias
tradicionais como o português, e, a matemática que eram, as que, mais exigiam
esforços no aprendizado!
Minha mãe tomava de mim, os pontos da Geografia (capitais do mundo
inteiro), Rios mais importantes, climas, aspectos de geopolítica... Eu gostava
muito, e, era bom no português (apreciava fazer as análises sintáticas e
léxicas, bem como ler textos para nota)... No canto orfeônico tínhamos que
solfejar o Hino Nacional, Hino à Bandeira, Hino à República ,e, a Marselhesa
(Vocês mais novos sabem o que é A MARSELHESA?)... (rs)
Uma vez por semana tínhamos a sessão de Educação Física, com
ginásticas, e, práticas esportivas. Tínhamos ainda, a formatura para entrarmos
nas salas de aula, com o Hasteamento do Pavilhão Nacional, e, o canto do Hino
Nacional. Uma vez dentro da sala de aula, aguardávamos a entrada do Professor
(a) em pé em sinal de respeito, e, consideração ao mestre com carinho!
Usávamos nossos uniformes conforme os padrões da Escola (Estudei no
Colégio do Estado), que era famoso pela sua disciplina ,e, austeridade desde os
faxineiros até o Diretor! Quem não trouxesse a “caderneta” não entrava em aula,
e voltava para a casa!
Na matéria “Português” tínhamos, que ler um ROMANCE por mês e se
submeter a uma prova do que leu (interpretação de texto)! Com relação à
Matemática, tive a honra, e, o privilégio de ter participado de uma aula
especial da visita do grande autor do
livro que usávamos, o Professor OSWALDO SANGIORGI !
Tive, que refazer a 2ª série, por falta de aproveitamento fui
reprovado, e meu ginásio teve a duração de cinco anos, para que, depois,
fizesse o Curso Científico, me preparando para a Universidade, onde formei-me
em “jornalismo” em Mogi das Cruzes na Universidade Braz Cubas.
Hoje o contexto escolar tem um cenário completamente diferente! Parece-nos,
que as Escolas primárias são mais deficientes, e, as Faculdades não atingem
níveis satisfatórios de conhecimentos acadêmicos!
Os alunos de hoje não expressam a salutar vontade de aprender, e,
estudar. São indisciplinados em salas de aula... Não respeitam os
professores... Fazem das aulas uma balburdia barulhenta, e, saem de lá sem conhecimento
algum...
O, que vemos no contexto atual, são jovens, que, não sabem
interpretar um texto, falam mal o português, não conjugam corretamente os
verbos, não sabem fazer um troco (raciocínios), mas são exímios tomadores de
cerveja, fumantes de cigarro e/ou maconha, se alimentam mal, e fora de hora (só
comem porcarias), não são polidos, e, não têm educação, são na maioria “desordeiros”,
dormem pouco, porque entram tarde em
casa, e, a maioria não é admitida nos empregos por não satisfazerem as qualidades
quando entrevistados, e, seus currículos não apresentam nada de motivação às
vagas de trabalho.
Recordo-me que, meus pais matricularam-me numa escola de
datilografia, na cidade de Sorocaba, que era muito exigida aos jovens para
trabalharem em escritórios, e, por conta dessa habilidade, que adquiri,
ingressei com dezesseis anos na Companhia Brasileira de Alumínio – CBA.
Por fim, vejo, por mim mesmo, o cabedal de conhecimentos, que
possuo, os quais foram de grande valia para a minha faculdade. Eles levaram-me
e guindaram-me à carreira das armas, com a aprovação dos exames intelectuais,
formatando dessa forma, uma carreira promissora, em que posso hoje gozar, e,
desfrutar de minha aposentadoria dedicando-me à literatura com 25 livros
editados e publicados.
Jose Alfredo – jornalista/Escritor/poeta, acadêmico da Academia
Independente de Letras, de Pernambuco, Comendador por Lorena, Subtenente do
Exército, Fundador da Academia Lorenense de Letras e Artes – ALLARTE.