sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

 

JANELAS DA VIDA

 

Vi um tempo diferente esvair-se por uma janela aberta

Por ela, contemplei paisagens sinistras e obscuras!

Por vezes a fechava, mas, ela insistia em ficar aberta...

De dentro do meu recôncavo podia sentir-me a descoberta

De tanta insegurança!... Entre dúvidas e incertezas

Foi um tempo de muitas tristezas!...

 

Postado e atado à janela via a banda passar tocando

Marcha fúnebre, e, sinistras figuras conduzindo a morte!

Por ela, pude sentir as fragilidades humanas

Nas insanas cenas de um “baile de máscaras” onde

Ninguém se conhece nem se reconhece!

Paisagens sinistras desfilaram por esse cenário...

 

Da janela podia ver e ouvir trovoadas e temporais

Ventos infernais, zumbis astrais, seres dos umbrais!

Agasalhado dentro do meu bunker atônito, não via

Repostas daqueles quadros confusos... Apenas uma

Janela aberta de onde a desgraça desfilava à frente!

Vez ou outra conceitos obtusos batiam à minha janela...

 

 E, a novela insistia com mentiras, e, boatos falsos

Invadindo minha janela sem parcimônia!

Ao cadafalso eram as sensações de ser conduzido

Como gado levado ao matadouro...

Mas, num futuro vindouro espero, e, confio

Que minha “janela” se abrirá para a esperança,

 

Na benfazeja bonança após essa tempestade!

Que a brisa fresca possa banhar pela janela aberta

Toda a minha vida, arejando os ares da pandemia

E, exclua todas as agonias das paisagens de horrores!

Será então, a janela aberta a mostrar as belezas, e,

Os cenários apaixonantes de muitos amores!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

 

 

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