UM CONTO ALIENÍGENA
Víamos tão
ao longe uma minúscula esfera azulada dependurada na abóboda celeste há anos luzes
do nosso plano no universo. Parecia-nos pertencente à uma outra galáxia. Aquele
belo planeta nos chamava a atenção quando estávamos em viagens interplanetárias.
Quando
aproximávamos dela, éramos atraídos pela curiosidade, pois, parecia-nos haver alguma
forma de vida, pois tinha atmosfera, muita água, montanas, selvas e grandes
habitações, como que edifícios com seres ambulantes, veículos de quatro rodas,
iluminação ordenada por fios, e tinha dias e noite num período d 24 horas.
Sua
coloração azulada era marcante e bonita. Mostrava-se ser um planeta exuberante
nos seus recursos naturais. Vez ou outra haviam precipitações de chuvas e em
outras vendavais assustadores. Também podíamos presenciar inundações e grandes queimadas
que consumiam suas florestas.
Um enorme
e grandioso rio cortava o Norte dentro de uma imensa selva. Visto de longe e do nosso
planeta, aquele era insignificante, mas, de perto percebíamos, quem se tratava
de uma “civilização”.
Mas,
quanto mais visitávamos com nossas naves aquele esfera azulada, mais fomos a
conhecendo. Pousávamos nos seus locais distantes e isolados e nos infiltrávamos
na sua civilização, a ponto de acessar quase todas as situações daqueles seres,
muito diferentes de nós... Tinham os rostos afilados com fios na cabeça,
esbeltos e falavam línguas estranhas. Eram sorridentes e amigáveis. Exerciam
atividades durante o dia, e nos parecia, que, dominavam algumas tecnologias,
como o uso da eletricidade, da informática, de motores, da comunicação à
distância, de das imagens em telas.
Mas, após
algum tempo de familiaridade isolada, e, oculta deles observamos, que, no seu
meio ambiente havia muita agressão com materiais jogados sem nenhum
planejamento de coleta... Poluição de fábricas, que vomitavam fumaças pelas
suas chaminés... Materiais imprestáveis abandonados nos rios, e em valas...
Esgoto a céu aberto... Hostilidades e violência entre eles, com roubos e
assassinatos matando-se mutuamente!
Observamos
também, que a paz estava ausente nas suas vidas... E, que, a inveja e a
hipocrisia, desequilibrava a harmonia, bem ao contrário do que estamos acostumados aqui no nosso planeta.
Soubemos
que eles, dominam também, as viagens curtas até o seu satélite, que chamam de
Lua!
Na sua
sociedade, há os que governam a partir de uma grande aglomeração de pessoas e
edifícios, que segundo soubemos chamam de Brasília sua capital politica... Mas,
que esse local está infestado de indivíduos com a mania de roubar as riquezas
dessa população... Esse lugar o conhecemos com o nome de Brasil.
Falam o
português, mas têm uma grande parcela de analfabetos, que não sabem ler nem
escrever, e uma pequena elite que domina os recursos econômicos (1%) e uma
burguesia (classe média) que movimenta a sua economia.
Nesse
planeta azul, a juventude é acostumada com celulares, drogas, vagabundagem, e
maus costumes de consumo roubando seus pais para sustentarem seus vícios...
Recentemente
essa civilização foi duramente atingida por uma pandemia, que levou à morte
milhões de indivíduos.
Resolvemos,
então, ante esse cenário desolador do belo e exuberante planeta azul, irmos embora
e retornarmos ao nosso avanço civilizatório muitíssimo superior ao deles, que,
infelizmente não é possível ajuda-los. Uma vez que são belicistas, e, violento,
e, soubemos que não recebem bem o que chamam de “alienígenas” como nós, pois
nos recebem, com artefatos de guerra e extrema violência de seus exércitos!
Esse
lindo planeta azulado, à distância é atraente e misterioso... Mas de perto e
nele, como foi a nossa experiência, é inexpugnável, egoísta, maledicente,
irreverente, indolente, violento... Conhecemo-lo como TERRA! Um alienígena em
visita à Terra.
Jose
Alfredo.