sábado, 2 de janeiro de 2021

 

SONHOS E TEMPORAIS

 

 

É impossível suportar os temporais

Da vida além do sinistro cais!

 

Aborto a caminhada no primeiro porto...

Sigo impaciente no inconsciente absorto!

 

Entre relâmpagos e trovões, os arranhões

Das quedas, e, desvairados tropeções!

 

Pelos guetos esgueiro como rato assustado...

Errante, e, fugitivo escondo-me desolado!

 

Em mares revoltos navego sem rumo...

Sem direção, afundo sem prumo!

 

Sem luz, e, em túnel fundo a escuridão

De um mundo na sofreguidão!

 

Há muitas cruzes, nesse calvário...

A cada pecado seu corolário!

 

Uma conta a pagar no livro da vida!

Dívidas cobradas, e, não resolvidas!

 

Por veredas desérticas, e, sol escaldante,

Marcas deixadas na areia ardente!

 

Mendigo da vida e maltrapilho,

Carrego a arma e aperto o gatilho...

 

Tudo se resolveu em breves segundos...

Mudo-me de endereço, e, de mundos!

 

Ainda, que, covarde abri mão de viver...

Já não sei mais o que é sofrer!

 

De repente acordei, e vi que estava ainda vivo!

Preferi, então, seguir a luz da razão efusivo!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

 

 

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