quinta-feira, 28 de maio de 2020


VAZIO

Imensidão de nada preenche o vazio da alma
De solidão às mazelas do coração tudo em vão...

Ausentes no vácuo do nada, o não ser...
Não existir, não amar... Total abstração

Contra mão na mão natural da vida...
Que convida o “ser”, ao existir sem fingir

Pelo orgulho, que, tudo se é no entulho
Do vazio existencial  de prova cabal!

Inerte espaço de coisa alguma
Inexiste a vida sem felicidade nenhuma!

Vazio de buraco negro a engolir
O amor que há de vir!

Nada de nada, e, para nada é o vazio!
Extravio de vida desafortunada!

Ausência absoluta do ser...
Sem o céu, e, sem o amor para se ver!

Abandonado em algum lugar do universo
O vazio na imensa escuridão de um verso!

Num bunker escuro, e sem vida vazio
Sem alma, sem ser, sem crer, sombrio...

Informe, desconforme, vazio enorme!
Sem direção, sem definição... Cruciforme!

Vazio de sentimentos, sem o provimento
Do amor e da paz segue seu isolamento!

De passos errantes, vacilantes, pendentes...
A cada passo uma mina iminente!


Jose Alfredo




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