sexta-feira, 15 de maio de 2020


A CASA DA POESIA

Ao longe se vê um casebre humilde e sem presunção
Imerso entre os campos verdejantes e esperançosos
Da chaminé intrépido sobe como incenso ao céu
Versos e estrofes perfumando os ares da cultura

Ao entrar na casa da poesia vislumbra-se a sala
Da recepção onde se toma aromático café com bobagens
Um papo leve e descontraído entre poetas distraídos!

Num rápido passeio vai-se da sala à copa para a
Completa refeição: “A poesia num inteiro de prazer”!
Na entrada de tão lauta refeição um ávido saber:
Na casa da poesia há tristezas e alegrias!

No aconchego dos quartos, a romântica historia
Que une beijos e abraços em acolhedores regaços...

Dependurado na parede molduras de rabiscos
Tortuosos versejando poemas em dilemas...
Coriscos grilos cantam na harmonia da empatia
Entre o poeta e a poesia no literato esquema!

 Um caliente romance se esconde no sótão
Sobre lençóis molhados a paixão rola
E, o amor poético desabrocha e consola!

Na casa da poesia as estrofes se guardam nas gavetas
De saudosos baús... Os tim-tim são celebrados em
Límpidas, e, transparentes taças na sortida cristaleira
E, sorvidos os tinto vinhos no vermelho do amor!

Na casa da poesia tudo é bucólico... Sereno... Romântico
Semântico é o papo leve e solto entre poetas
Ao cruzarem a tênue linha da divagação e inspiração!

Janelas e portas abertas na acolhida prazerosa
Na entrada a comissão florida do jardim sempre assim:
A rosa perfuma, o cravo enobrece, a margarida alegra...
No branco o lírio traz a paz, e os cumprimentos são do jasmim!

Jose Alfredo









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