quarta-feira, 5 de junho de 2019


MIRAGENS DE AMOR

Tua silhueta se projeta num misterioso oásis
Inatingível e envolto em mistérios insondáveis!
Tua bela imagem de movimentos frágeis levita
Em inóspita paragem na quente aragem desértica!
Vejo-te ao longe. Não consigo me aproximar de ti!
 A escaldante areia queima-me os pés!
Desejo abraça-la, mas, tua silhueta transparente
É miragem de amor impossível, mas, latente!
Inverossímil a tua realidade no deserto do amor!
Tua formosura é blindada na miragem de uma visão!
Sede, calor e visões fantasmas tomam-me de assalto...
De sobressalto, miro-te na tua formosura de Deusa
Incrustrada no quadro cálido daquele deserto!
Por certo, tu não passas de uma miragem
Fruto de minha imaginação desértica, que, jamais
Permite-me de ti  me aproximar, abraçar e beijar-te
Oh deusa das miragens e do amor!
Minha loucura, por momentos, não mais te vê...
Mergulho de novo no teu deserto sem saber o porquê!
Desse sonho acordo suado, e, molhado, de amor extenuado...
Sob o calor de quentes areias, e, ao sopro do vento impetuoso!
Enlouquecido nessa loucura, não desisto... Oh musa do deserto!
Ainda que, momentos lúdicos, num lapso desapareçam, minha
Enganosa visão procura-te na secura desértica...
E, teimas a me exaurir forças, com tuas miragens
Mirabolantes, a provocar-me a sedução de tua paixão!

Jose Alfredo


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