E PASSA O TEMPO
Enquanto o tempo passa perpassa meu amor
Nas costuras em remendos de panos novos!
Amor cego guiado pelo instinto
distinto...
Na caminhada vejo a banda passar e tocar
Canções de ninar a embalar-me nos meus
sonhos!
O tempo passa... Velho, antigo e cheio de
traças;
Carcomido como baú de museu...
Em vida passageira, e, sem graça,
ultrapassa
Limites de bom senso, e, nada aconteceu!
Ontem
deixou de ser hoje, e, sem futuro!
Os ponteiros andam para trás, sem nexos!
Tempo, que, passa no avesso, e, sem
começo!
As imagens refletidas no espelho convexo!
Aprisionado e ausente no espectro
vivencial,
Passa o tempo, e, sem tempo,
inexorável...
Inaproveitável... Depreciado... Visceral!
Arraigado nas suas cegas paixões...
Lastimável!
E, passa o tempo, com a banda fúnebre e
lúgubre...
Marcha fúnebre, dos que, se foram ao
além...
Tempo perdido em ilusões banais!
Depreciado tempo que passou. E, a vida
levou!
Jose Alfredo
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