sexta-feira, 12 de junho de 2020


POETAR É DESARRUMAR A LINGUAGEM

Desarrumada linguagem aos pingos pinga intermitente
Afagos por linhas misteriosas acariciam candente coração
Rabiscos incertos de fundos desejos falam pincéis nervosos
Fervorosos anseios de versos em devaneios gotejam amores

Páginas em desordem ordenam intensas divagações...
Empilhados romances em prateleiras embutidos a espera
Para serem escolhidos como literatas estrofes no poema
Esquema do poeta juramentado em colcha de retalho!

Confusa linguagem do poeta emana por vezes insana!
Prosélitas, e, profanas são humanas palavras desarrumadas
Absortas, e, na redoma do coração, enraizadas...

Empíricas e desordenadas são coordenadas cruzando
Meridianos, que, navegam pelos mares revoltos
De agitadas ondas às mansas marolas da praia!

Poetar é bagunçar ideias em leves tensões;
Em bambas cordas se equilibrar para amar!

Jose Alfredo











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