O CHORO DA VIOLA
À soleira da porta Zé
do Mato acaricia sua viola.
Beijando a prateada
lua em prantos ela chora...
No coachar de sapos e
grilos afinada orquestra
A viola de Zé do Mato
eleva seu tributo ao céu,
Que, banha a noite
enluarada forrando de estrelas
A sentida noite, que
cai como triste canção ao
Chão da humilde
choupana. Zé do mato não engana!
Ele e sua viola entoam
triste canção ao final do dia!
Lágrimas de mateiro
adubam o chão como benfazeja
Chuva, que ainda não
chegou, e está à espera como
Dádiva aos rogos de Zé
do Mato e o choro de sua viola!
Zé do Mato chora nas
suas canções... Sua viola geme
Nos tristes acordes em
lamúrias pedindo chuva...
Nas notas de suas
cordas sobem orações ao Criador...
Que venha a bendita
chuva a terra fertilizar e germinar
Sementes de esperança
a Zé do Mato e sua crença!
A noite veio e cobriu
a vida de Zé do Mato com profunda
Escuridão... Mas, sua
alegria está nos gemidos de sua viola
E sob a grande e
prateada lua sua vida ele imola!
Jose Alfredo
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