A INTIMIDAÇÃO DA CPI
Um show de horrores
assistimos na CPI da COVID durante o depoimento da médica oncologista e
imunologista Dra Nise Yamaguchi. Foi um desastre para os senadores, que,
impacientes e irritados com a atitude negacionista e anticientífica da
depoente, a impediram de falar e transformaram boa parte da sessão em um
colossal bate-boca.
Numa sessão de
intimidação e terrorismo, a CPI mais parecia um interrogatório nas masmorras da
inquisição, com a petulância das vociferações grosseiras contradizendo questões
técnicas e médicas da médica.
A intimidação chegou às
raias de se dizer pelo agente que interrogava a médica, ao dizer que sua voz o
irritava!
Além de levantar sua
voz procurava submeter a interrogada que se apresentava extremamente calma,
dócil e educada contra os ferozes cães que latiam na tentativa de a intimidar.
Nesse show de horrores
notou-se que a pauta do interrogatório não tinha lógica nem uma sequência
compatível com as questões à quais a Dra Yamagushi estava brilhantemente discorrendo.
Uma vergonha o que se
viu e se assistiu nesse evento onde uma médica capacitada foi aviltada por um brutamontes
sem preparo para o mister de uma Comissão de Parlamentar de Inquérito, que,
apresentasse um mínimo de equilíbrio, consenso e conhecimento de causa...
O que se viu foi uma
sessão de interrogatório sob pressão como se aquela CPI fosse uma sessão
nazista quando Hitler comandava sua polícia política e sob a tortura
intimidante interrogava judeus!
Estamos cada vez mais
perdendo a noção de que os eventos de CPI(s) não passem de um feroz momento a
amedrontar vítimas que lá se sentam e indefesas são atacadas, e vilipendiadas
nas suas capacidades de respostas.
Jose Alfredo -
jornalista
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