TRATADO METAPOÉTICO
Pretendo desnudar
alguns critérios e conceitos para a concepção dos meus poemas e o faço fazendo
uma autocrítica de mim mesmo nas minhas criações literárias, principalmente com
as poesias! Pois bem! Em primeiro lugar dou a devida importância, e, os
cuidados indispensáveis ao principal dos conceitos: “ a inspiração”!
Ela não avisa,
quando chega... É sempre surpresa, quando aquela luzinha ascende no coração,
primeiro como um sentimento, que leva a química ao cérebro, e este começa a
processar a criação/concepção do texto poético ou mesmo dos contos, ou ainda
das crônicas.
A partir daí
começo a formatar (dar forma no texto, se este for um poema ou uma crônica ou
ainda um conto).
Mas, tendo
sempre à frente a inspiração, tento perceber com a clareza do meu entendimento,
onde quero chegar. Tenho que apurar as técnicas da composição das estrofes,
versos, rimas, e, uma certa riqueza vocabular, sem que, o entendimento do poema
fuja da compreensão do leitor!
Muita atenção
no início, meio e fim do texto. Temos que dar uma formatação exuberante e plena
de harmonia e equilíbrio de formas, frases, rimas e quantidade equilibrada de
estrofes. As variações enriquecem a poesia; Posso começá-la com estrofes em quatro
versos, podendo na continuidade passar às estrofes com três e até dois
versos...
Quanto às
combinações das rimas, posso variar com rimas nos finais ou nos começos dos
versos... Dou um exemplo:
“Na vida
resolvemos os problemas
Nos dilemas de todos os dias...
Empatias com os esquemas”!
Uma rima no início
da frase, e outra no final. (Problemas com dilemas. Dias com empatias, e, esquemas
com dilemas).
Bem, técnicas
à parte, muita atenção no conhecer o que se está tentando deixar explícito no
texto poético... Isso tem que vir com a inspiração!
E, por falar
na inspiração, percebam como ela se apresenta: Qualquer momento é oportuno. (Uma
visão, um som, uma frase, uma leitura rápida dos fatos sociais, um relance na
telinha do Zap, ou de um telejornal, mesmo num bate papo informal com alguém,
um fugaz pensamento), a nossa percepção de poeta é como se fosse uma antena...
Ela capta sem avisar, o código de uma mensagem, que, se processa no pensamento,
vai ao coração, que avisa: “Isso leva à uma poesia”!
De posse da
pena da caneta, ou dos dedos nas teclas do computer vai-se montando o poema, ou
outro texto... Interessante é que mantemos sempre a atualização entre o tema da
inspiração, e a atualidade, para levar ao conhecimento do leitor, que necessita
ler a poesia, segundo, sua temporalidade no universo de tempo/espaço, bem como
a facilidade do seu acesso cultural de compreensão!
Mas, para se
chegar nesse nível é necessário diversas leituras para o enriquecimento
vocabular, conhecimento dos fatos, preparo filosófico, espiritual, político,
cívico, moral, e cultural, ou seja, uma acendrada performance de cultura geral!
Sito o meu
exemplo, como jornalista, que faz a leitura dos fatos sociais, e políticos...
Como teólogo dou uma dinâmica espiritual nas poesias, quando, o tema é sobre
espiritualidade/religiosidade... E, social quando, ela se refere às camadas da
sociedade (família, juventude, droga), etc... Além de temas militares uma vez
que sou reformado do Exército Brasileiro onde estive por trinta anos.
Bem, este
seria um resumo de um “tratado metapoético”, que foca seus refletores sobre mim
mesmo, e que posso percebê-lo como mecanismos na elaboração dos meus textos.
Jose Alfredo
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