PENAS E LAVRAS
Tenho pena da pena, que pena para escrever!
Tenho pena do seu esmorecer, e deixar arrefecer
Seu saber omisso, e na ausência da maior essência,
Que repousa, por excelência no pórtico da deficiência
Intelectual de suas excrescências! Pena de saber!
Penas que não riscam, não escrevem, nem registram...
Dá pena, pois elas penam para transportar para as
Folhas, expressões que jamais vertem de sua veia
Literata! De letras mortas... Que não dizem nada!
Lavras mudas e desnudas, de intenções inseguras!
Penas depenadas e despojadas do pensar literato,
Desiderato despretensioso do verso odioso,
Ardiloso instante de um livro fechado na estante
De uma biblioteca sem palavra e de muda lavra...
Palavra, que não fala, pena, que não rabisca! Não risca!
Pena, que não repousa no papel, mas, levita nos ares
De sua leveza e não pousa nem aterrissa nas páginas
Dos aeroportos literários e não fecunda as lavras da
Literatura, nem propõem a sua suposta estrutura!
Tenho pena dessas penas,
que penam sem lavras!
Jose Alfredo
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