domingo, 10 de julho de 2022

 

 

PENAS E LAVRAS

 

Tenho pena da pena, que pena para escrever!

Tenho pena do seu esmorecer,  e deixar arrefecer

Seu saber omisso, e na ausência da maior essência,

Que repousa, por excelência no pórtico da deficiência

Intelectual de suas excrescências! Pena de saber!

 

Penas que não riscam, não escrevem, nem registram...

Dá pena, pois elas penam para transportar para as

Folhas, expressões que jamais vertem de sua veia

Literata! De letras mortas... Que não dizem nada!

Lavras mudas e desnudas, de intenções inseguras!

 

Penas depenadas e despojadas do pensar literato,

Desiderato despretensioso do verso odioso,

Ardiloso instante de um livro fechado na estante

De uma biblioteca sem palavra e de muda lavra...

Palavra, que não fala, pena, que não rabisca! Não risca!

 

Pena, que não repousa no papel, mas, levita nos ares

De sua leveza e não pousa nem aterrissa nas páginas

Dos aeroportos literários e não fecunda as lavras da

Literatura, nem propõem a sua suposta estrutura!

Tenho pena dessas  penas, que penam sem lavras!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

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