terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Poesia, "VIDA BANDIDA"


VIDA BANDIDA

Caminhar de andarilho, sem eira nem beira... sem destino...
De um começo, mas sem um fim,  numa bússola sem direção...
Não espera acolhida, nem um aceno de mão!
Olhar que divaga no horizonte, e perde-se sem emoção!

Tomado pela tristeza e consumido pela desesperança,
Expectativa do nada de alma vazia...
Vida bandida, desprovida de amor, abandono que avança...
Ausência da verdade, nas trevas, se lança!

Coração combalido pela dureza,
Personalidade dúbia e agressiva,
Tomado pelo orgulho, atitude possessiva...
Da humanidade perde sua natureza!

Vida seca, terra árida... Existência vegetativa...
Deserto de ideias, aridez de objetivos...
Conceitos sem adjetivos,
Longa espera sem expectativa!


                                                        Da janela da vida, visões escuras...
Prisão da alma que da escuridão não vê a luz!
Olhar que divaga e se perde nas brumas,
Vida desértica... Que incertezas traduz...

Do ontem não se lembra... No hoje não se acha...
Ao futuro jamais alcança
Com indiferença se lança
Vida bandida que me escracha!

(Jose Alfredo Evangelista)


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