quinta-feira, 13 de agosto de 2020

 

RÉSTIA DE POESIA

 

Uma ínfima sobra literária brota da fresta da inspiração

Torço o lenço e enxugo as lágrimas da conspiração...

Gotas de choro respingam o chão frio da insensatez!

Talvez, fosse uma poesia no avesso do “era uma vez”...

 

Uma réstia de poema escapa pelos vãos da tristeza.

Meio nebulosa chega como fumaça de um incêndio

Como bruma cinzenta a esconder a alma isenta

A envolver a escuridão do amor ausente!

 

Pálida lembrança de uma reles circunstância.

Inusitada situação na réstia de uma poesia...

Frigir da maresia com mar agitado de uma nau

À deriva, sem bússola, assolada, e, sem alegria!

 

De soslaio o poeta vislumbra uma miragem...

No causticante deserto de sua vida... Uma réstia

De poesia como por do sol no fim de mais um dia!

Palavras no final da inspiração revela seu coração!

 

Nos limites das suas luzes, um pavio fumegante,

Teima em iluminar a fronteira literária do poeta

Exaurido na inspiração, e, contido na emoção,

Recolhe-se imune ao silêncio de um calado profeta!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

 

 

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