quinta-feira, 27 de agosto de 2020

 

METALINGUAGEM – Uma vontade de escrever

 

A consciência vasculha neste momento algo a escrever...

De soslaio os olhos do poeta cruzam de lado ao outro na

Busca de palavras a serem rabiscadas no papel da vida!

Exaurido pela mesmice pandêmica, e, confinado no bunker

De seu pensar, ele sente-se engolido pela noite que avança

O sono chega, e, a vontade de uma cama acolchoada a lhe

Aquecer compete com a sua vontade de escrever!

 

A metalinguística casuística foi o que lhe veio à percepção...

Palavras na sua acepção retrataram na sua visão de arrastão!

Há momentos que definem as ausências de inspirações

As fontes poéticas secam ante os malefícios das mesmices

Do confinamento... Abatem disposições do pensamento...

Versos e estrofes fogem escondidos nos baús das saudades!

O desejo do poeta apega-se nestas metalinguísticas...

 

Apesar desses pesares literários, a metalinguagem veio salvar

As travas inoportunas, e,  amordaçantes  desta sentida ausência,

Quando, a poesia arredia se afastou, e, do poeta se separou!

Procurei-a, mas, ela se escondeu atrás da mudez, e, na desfaçatez

Escorei-me a falar desta minha travada tentativa de poetar...

E, no vazio deste pensar me vi a poetar sem eira, e, nem beira

Estas linhas versiculares sem perder as estribeiras!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 


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