CELULANDO
PELA VIDA
Abstrato
e distraído... Olhos voltados ao celular...
Numa
bolha, a realidade circunscrita à telinha...
Os
humanos mergulham sem se darem conta
Na
outra ponta da existência a sobrevivência!
Circunspectos
olhos, e, dedos presos ao celular
Não
tem tempo para olhar ao derredor!
Mudos,
não falam nem ouvem nem sentem...
A
que mundo pertencem?
Celulando
pela vida, e abstratos ...
On-lines
e cibernéticos nem um pouco poéticos...
Vítimas
aprisionados e locupletados
No
ínfimo detalhe de poder!... O celular!
No
digitar se comunicam com o desconhecido.
Conectam-se
com as divagações lunáticas.
Digitam
impensados vocábulos travestidos.
Ocultam-se
atrás de cortinas idiopáticas!
Objeto
de adoração prende a atenção!
Subtrai
a fala... Ficam todos na mesma vala!
Pais
e filhos, amigos, correlatos insensatos!
A
razão delimitada às teclas se cala!
Celulando
pela vida como atentos zumbis,
Humanos
distraídos, e, de diversos perfis
Buscam
no celular estranho pensar!
Jose
Alfredo
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