sábado, 29 de fevereiro de 2020


AVENIDA DO SAMBA


O efêmero desfila na avenida do samba
As muambas ideológicas na sinergia
Levam falsa alegria ao picadeiro
Onde palhaços aplaudem o “puteiro”!
De Jesus a Bolsonaro os escraches
Do desrespeito aos acintes imorais
Na fartura “artística” dos deboches
Figuras públicas são chacais!
Temas humilhantes e intolerantes
Desnudam ódios de cultura massificada
Do porta-bandeira às alas e baterias
Enredo que desafia na festa endemoniada!
Sambas enredos são arremedos
Dos degredos à escuridão cultural
Guetos carnavalesco no degredo!
Da cultura o precipício do umbral
Ritmo infernal na marcação da bateria
Puxado pelo desvario musical
Ao delírio de um reality show em sinergia
Arrebata as arquibancadas em delírio global!
Na avenida do samba, todos são bambas!
Por quatro dias o desfile denota o satanismo
Que extravasa o moralismo reprimido
E libera a sensualidade do libido!
A festa da carne rola na avenida
O pudor é o destemor do abuso
Que me recuso a participar
No meu caminhar está em desuso


Jose Alfredo


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