quarta-feira, 19 de abril de 2017


O CASO RODRIGO CAIO


Um fato, que se não fosse manipulado pela mídia, mexeu com toda a opinião pública desportiva, após o jogo entre o São Paulo X Corinthians. O zagueiro Rodrigo Caio, se envolveu com o goleiro do seu time e um atacante do Clube adversário. No lance, Caio atingiu o goleiro, mas, a visão do árbitro o enganara, levando-o a crer que a infração tinha sido do atacante do Corinthians!
O cartão amarelo, logo fora mostrado ao atacante, que não atingira o goleiro. Infração essa provocada pelo zagueiro do São Paulo.
Imediatamente, CAIO observou que o árbitro iria punir o atacante e em sã consciência, se dirigiu ao juiz, avisando-o que ele é que havia cometido a falta, e não o atacante!
Atitude essa prontamente aceita pelo árbitro da partida que assim cancelou a punição.
Esse fato desencadeou na mídia comentários que pendiam para os dois lados da balança da Justiça. Perguntas maliciosas foram aparecendo no seio da opinião desportiva.
A Diretoria do São Paulo iria punir CAIO?... Ou o elogiaria?... Se fosse você, o que faria no lugar de CAIO?... Perguntas essas que apenas com o objetivo midiático, vieram à tona, pondo o caráter e a honra de um jogador que e tão somente, fora honesto consigo  e soube manifestar seu caráter com o árbitro e o jogador adversário.
Tal gesto denota a excepcionalidade no seio da sociedade atual. Quantos gestos de  honestidade, da honra e do caráter humanos, temos visto?... Ou ser honesto é cafona?... O correto é ser desonesto, sem honra, ser esperto o suficiente e tirar proveito de uma situação?
Sob o estilo do “jeitinho brasileiro” o que temos visto, dentro dos campos de jogo, são atitudes que buscam confrontar o juiz contra os torcedores... Jogadores sem caráter que atingem seus companheiros de profissão com violências... Que se jogam dentro da grande área induzindo o árbitro à marcação do pênalti... Que desrespeitam a arbitragem com palavras de baixo calão... Atletas que não aplicam o “fair play” em proveito do adversário como ato de agradecimento!
Portanto o “Caso RODRIGO CAIO”, veio em boa hora a fim de alertar os profissionais da bola, tanto jogadores como jornalistas que exploraram o fato, para promoverem uma discussão inócua, como se o fato de CAIO apenas ter sido justo e honesto, seja a exceção da regra, quando deveria ser procedimento comum, em todas as áreas de atividades sociais.
Na verdade o Brasil está carente dessas atitudes que venham expressar educação, cultura e sobretudo honra e dignidade. A sociedade deve ser pautada pela responsabilidade dos seus cidadãos nos gestos que dignifiquem o ser humano em todas as áreas de convivência!


Jose Alfredo - Jornalista

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