quinta-feira, 17 de novembro de 2016

SOLIDÃO NATALINA

Sinto na pele o açoite do vento
Que venta forte e uivante
Por entre frestas na minha couraça
Parecendo me punir sem piedade
Nem perdão... Apertando o coração!
Vejo ao longe a janela acesa
Portas fechadas e a chuva fina;
Sem pegadas sigo a esmo
Tentando encontrar portas abertas
Que me acolham... Sigo alerta!

Posso ouvir o tilintar dos sinos;
O burburinho dos sorrisos;
A serena paz lá dentro;
E eu aqui fora desolado!
Abandonado...  Buscando luz
Que brilha naquela linda árvore
De tantas cores e reluzente!

É Natal... Será que posso entrar?
E com todos cear!...
Quero amar... Cantar e rezar...
Preciso confraternizar...
Abraços quero ganhar!

Num passe de mágica...
Ele parece na minha frente!
Convida-me a entrar
E na manjedoura com Ele cear!
Fez do meu coração
Sua manjedoura!
Ensinou-me uma oração
E deu-me paz duradoura!


Jose Alfredo

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