LAMAÇAL
Com
a mente turvada pus-me a observar o meu derredor.
Tentei
limpar as futilidades e colher as necessidades.
Falta-me
uma réstia de paz a acalmar-me as entranhas!
A
esmo vou sem direção e na contramão das artimanhas...
Jamais
dei atenção à razão. Mergulho no lamaçal da confusão!
Ainda
que às apalpadelas, esbarro no muro da vergonha,
Sem
chances de vencê-lo... À frente não vou nessa porfia...
Os
obstáculos a impedir... Sensações de impotência a me estagnar...
Uma
crise existencial cega-me a visão da felicidade...
A
chuva da bem aventurança se nega molhar meu chão...
Minha
vida é um pomar árido e seco...
Sem
frutos nem flores, também sem amores!
Tento
desanuviar as profundezas de meu viver.
Buscar
compreensões e saber.
Afastar
crises teimosas das minhas fraquezas!
Navegar
em águas calmas
E
sem turbulências de mar bravio...
Mas
sem luzes caio no desvario...
Sem
paz a retidão não me apraz...
Tempestades
tenebrosas rondam-me...
Faz
meus dias, infernos em chamas!
A
escuridão das noites em dramas!
Meus
passos ardem no deserto!
Nem
sei ao certo por onde ando...
Meu
derredor é um antro
Com
visões de espanto
Nas
futilidades e necessidades!
Jose
Alfredo
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