quinta-feira, 8 de setembro de 2016

LAMAÇAL

Com a mente turvada pus-me a observar o meu derredor.
Tentei limpar as futilidades e colher as necessidades.
Falta-me uma réstia de paz a acalmar-me as entranhas!
A esmo vou sem direção e na contramão das artimanhas...
Jamais dei atenção à razão. Mergulho no lamaçal da confusão!
Ainda que às apalpadelas, esbarro no muro da vergonha,
Sem chances de vencê-lo... À frente não vou nessa porfia...
Os obstáculos a impedir... Sensações de impotência a me estagnar...

Uma crise existencial cega-me a visão da felicidade...
A chuva da bem aventurança se nega molhar meu chão...
Minha vida é um pomar árido e seco...
Sem frutos nem flores, também sem amores!

Tento desanuviar as profundezas de meu viver.
Buscar compreensões e saber.
Afastar crises teimosas das minhas fraquezas!
Navegar em águas calmas
E sem turbulências de mar bravio...
Mas sem luzes caio no desvario...
Sem paz a retidão não me apraz...
Tempestades tenebrosas rondam-me...
Faz meus dias, infernos em chamas!
A escuridão das noites em dramas!

Meus passos ardem no deserto!
Nem sei ao certo por onde ando...
Meu derredor é um antro
Com visões de espanto
Nas futilidades e necessidades!


Jose Alfredo

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