TANGIR DA TAÇA

 

Vinho, que te quero tinto!

Ao tanger da taça pressinto

As lembranças da velha Itália!

Traspassa a taça, meus avós

“Alfredo e Pierina”, egressos

Da itálica península após a

2ª Guerra Mundial fugidos

Para o Brasil no recomeço

De suas vidas, a quem devo

O meu nascimento na Terra do

Vinho – “São Roque” das parreiras!

Local onde aprendi a tocar taças

Saudando o tinto vinho artesanato

De meus nonos italianos!

Quando toco as taças, agasalho-me

Com as tradições itálicas, e os valores

Que, me foram passados e transmitidos

De cultura dos meus antepassados,

Que se fazem sempre presentes,

Ainda que, fisicamente ausentes,

Toco taças selando saúde às belas

Lembranças, que repousam nas

Significâncias dos tintos vinhos,

Ícones de nossa família risonha e falante!

Marca registrada da geração tinta

Da cultura vinícola, da pizza e das massas!

Das tarantelas, dos Papas vaticanos, da

Nona e nono, dos idos de 1946

Sob o aroma das uvas amassadas e pisoteadas,

Ao nascer dos tintos vinhos produzidos

Pelos meus avós queridos!

Tim-tim à nossa tradicional Itália...

Ergo minha taça à saúde de nossa gente

Falante e simpática... Amante de um

Tinto vinho, que, se faz signo de uma história

De tantas memórias de nossas glórias!

 

Jose Alfredo