quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

MESTRE

Voei nas asas da imaginação a uma longínqua terra
Onde havia um grande burburinho sobre “um mestre”!
Postei-me numa esquina estreita e vejo naquela viela
Pequena multidão que o seguia com frenesi e esperança
Aproximei-me e inseri-me naquele cortejo até a sinagoga
Lá entrei e sentei-me para presenciar quem era aquele “mestre”!

De fala mansa e com autoridade ele se expressava
E sob os olhares atentos de seus seguidores
Os ensinava com palavras de misericórdia e bondade
Em dado momento, Ele olhou para um aleijado de mãos secas
E solicitou que fosse à frente e curando-o sob o espanto de todos!

Continuava a minha sina de seguir aquele mestre...
Mais próximo a ele e de seus discípulos tive a sensação
De que flutuava em tapetes no céu e na sua presença
Senti-me em extrema alegria de ser sua pertença!

A experiência continuava a fluir em minhas sensações
Não me cansava de me surpreender a cada fato...
Um após outro, aquele mestre ia surpreendendo
Pelo seus feitos milagrosos... Sempre aos simples e humildes
Dos quais doentes, possessos e deficientes!

Com sua voz impostada, olhar compassivo e autoridade
Aquele mestre a todos impressionava
Pela beleza de sua palavra os conquistava.
Mas sua fama de poder a alguns incomodou
Ele mexia com seus corações de pedra
E contra o poder do Império Romano
As multidões foram a ele se aliando
Proclamando-o como seu novo rei!

Tantos foram seus feitos miraculosos
Que acabou dividindo crédulos e incrédulos
Como espada ele os dividiu
“Quem quiser seguir-me tome sua cruz e siga-me”
Assim ele mostrava que o seu caminho era difícil
Mas o seu jugo era leve...
Aquele mestre era um homem diferente
Ele anunciava um outro reino...
E dizia que o seu reino não era deste mundo!

E perguntavam-se uns aos outros:
Quem realmente era aquele homem?
Que não tinha onde reclinar a cabeça
E andarilho, visitava as localidades
Levando a paz, a fé e a boa nova!

Mas ao longo de sua caminhada
Ele escolheu doze outros homens
Aos quais os ensinava seus preceitos
E os amava profundamente!

Esse mestre era a personificação do amor
Sua palavra era como rio de água viva
Seus gestos eram como magias a contagiarem
Sua voz parecia vir do céu a fazer ecos na Terra!
Seu olhar, como raios de luz a todos iluminar
Seu silencio falava como a voz de Deus!

Postei-me então, frente a frente com aquele mestre:
E tocado por tamanha admiração, disse-lhe:
- “Senhor, vim de longe para te conhecer mas não sou digno de ti”!
Ele então, fitando-me nos olhos, com um leve sorriso
e transbordando de amor, respondeu-me:
- “Filho, eu sou JESUS, o mestre de Nazaré que fortalece a tua fé”!
- “Voltes agora para o teu tempo e fiques tranquilo que eu estarei
convosco até a consumação do séculos”!
Nas mesmas asas que voei para ele, retornei ao meu tempo!
Agora muito mais seguro da minha fé e seguidor daquele mestre!


Jose Alfredo

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