O MENDIGO
Ao sair da Missa
naquele domingo à noite, dirigi-me à minha casa que fica defronte à uma bela
praça toda ajardinada.
Quando me preparava
para entra com meu carro na garagem, fui abordado por um senhor, mal vestido e
trôpego que me pedia comida, pois estava com fome!
Ao seu olhar eu fiquei
extasiado! Era um olhar que me prendia e cativava... Havia alguma coisa
estranha naquele olhar penetrante e misterioso!
Disse-me ele: -“O
senhor pode dar-me alguma coisa para eu comer, estou com muita fome”. Àquela
voz eu fiquei paralisado e por instantes, não sabia o que fazer!!!!
Então ele voltou a
falar-me: -“O que o senhor tiver está bom para mim”...
Acordei daquela visão
que me cativava e disse-lhe: -“Dê-me um
instante que vou para dentro para trazer alguma coisa para comer”!...
Retornei com um prato
feito e servi-lhe. O Mendigo sentou-se na calçada e começou a se alimentar com
muita fome. Eu deixei-lhe só, para que comesse em paz e sossegado aquele prato
de comida e disse-lhe: -“Quando o senhor terminar pode deixar aqui no portão o
seu prato e talheres que eu venho recolher”. E ele com muita educação disse-me:
-“Deus lhe pague por esta refeição que há dias eu venho tentando comer”.
Depois de algum tempo
eu retornei ao portão para apanhar o material deixado pelo mendigo. Ao me
aproximar, deparei-me com uma cena insólita e surpreendente. Vi o prato e os
talheres, “reluzentes com uma cor verde”... Os talheres estavam como que
formando um crucifixo sobre o prato de cabeça para baixo, como que simbolizando
um monte e ao lado um papel escrito: “Eu estive aqui te visitando”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário