segunda-feira, 25 de outubro de 2021

 

SAGA DE UM MORTAL

 

Vim de ligar nenhum.  Do pó surgi

Ao chão hei de retornar!  Voltar é

Minha saga! Vaga lembrança de um

Tempo num momento do piscar

D’olhos de um abrolho em alto mar!

 

Nem sei se vim para amar ou odiar!

Entre as dimensões de sonhar vivo

O presente, sem o passado e desconectado

Do futuro a esperança é inimiga!

Na intriga com o mal e o bem,

 

Meu lugar aceito é o gueto de zumbis

Servis escravos na cruz com os cravos

Crucificado no monte das tristezas...

Na vida sem proezas e cheia de incertezas!

Saga de um mortal em conchavos

 

Em sã inconsciência meu destino agravo!

Nem sei se sou lenda ou aventura...

Morrer ou viver, o que mais importa?

Porta para entrar ou para sair?

Devir de um sonho ou na real conseguir?

 

Seguir em frente ou dar ré?

Quanta falta me faz a fé!

A confiança se ausenta; A esperança

Não me sustenta e a morte me tenta!

Minha saga tornou-se ficção...

 

Vim de lugar nenhum... Sou uma lenda!

Uma oferenda aos deuses do nada...

Nadei, nadei e morri de braçada!

Minha sorte foi lançada...

 

A saga de um mortal é golpe fatal!

Se ficar, o bicho come...

Se correr, o bicho pega...

Entrega alucinante de um destino

Repentino golpe de uma esfrega!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário