segunda-feira, 17 de maio de 2021

 

PÊNDULO POÉTICO

 

O poeta é como um pêndulo:

Pende sua inspiração à poesia

Uma maresia, que vai e vem!

 

Brisa, que sopra de todos os lados...

Coração, que infla de desejos...

Ele lança seu olhar aos ensejos!

 

Manejos de rabiscos em páginas

Que desfolham suas divagações...

Concepções ele as tem como grávidas!

 

Ao dar à luz poemas eruditos...

Abraça verdades em todas as situações!

Desmancha os nós dos conflitos!

 

Rito literato é a liturgia do poeta!

No corolário das letras, seus textos

Navegam por entre diversos contextos!

 

Na balança poética está o contrapeso

De sua lógica! Analógica é com a poesia,

Seu laço num profundo abraço!

 

De braços dados e mãos unidas,

O poeta extravasa sentimentos

Em abstrações indefinidas!

 

No sobe e desce de uma grua,

Os movimentos poéticos

Revelam-se em romanesca lua!

 

Namorado pela poesia, Ele

Apaixona-se na empatia!...

No altar, a ela, se declara amar!

 

O pensar poético é como um

Amanhecer no lento sol a aparecer...

Como no fim do dia a noite escurecer!

 

 Do nascer ao por do sol, um atol

Em alto mar a navegar poemas...

Orienta navegantes como possante farol!

 

Bússola segura e aferida, o poeta

Indica as coordenadas a seguir!

Ao futuro remete o porvir!

 

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

 

 

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