domingo, 7 de fevereiro de 2021

 

MARCAS DO QUE SE VÃO

 

Efêmeras cicatrizes do mal são matrizes

Da vida nos deslizes... São marcas, que, se vão

Jogadas ao chão, pisoteadas pelo coração

Amassadas, e, trituradas pelo sofrer,

Fazem rever onde ficou o erro! Do desterro...

Que se vai, e, se esquece... Sem memória!

Marcas de uma escória. Ponteiam a história...

São notórias as marcas do que se vão, sem eira

Nem beira... Sem destino plausível! Inexorável!

 

Marcas sem a glória da grife... Do amor vazio...

Felicidade efêmera, que passa, e, se vai!

Contrai, e espreme o suco azedo de um limão!

Esvai entre os dedos da mão... Marcas do que se vão!

Marcas, que, não ficam... Que, não aderem...

Marcas d’água laváveis, e, instáveis... Insensíveis!

Perecíveis!...Pelo tempo, consumidas... Exauridas!

Repelidas, e apagadas pela consciência...

Na sua essência, marcas temporárias, que, se vão!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

 

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