terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


 O FEIO E O BELO
O feio amuado num canto e triste pelo isolamento,
Inveja o belo que irradia seu orgulho esfuziante!
Na festa das belezas eles não se olham por um momento,
Mas o inevitável encontro se faz presente.

Colocados lado a lado, a simpatia do feio incomoda!
A empáfia do belo que com cara de poucos amigos,
Despreza seu feio rival que desafortunado chora...
E recolhido à sua insignificância procura abrigos...

Mas o belo sem perceber conquistou pela arrogância,
O que o feio e sem brilho ganhou pela simpatia!
Atraindo a todos pela sua empatia,
O feio mostrou ao belo a sua ignorância!

Do coração do feio brota o perfume das flores!
A antipatia do belo é escrachada!
Com sua humildade o feio atrai seus amores,
A beleza do belo é de fachada...

Nem sempre aos olhos a beleza se revela...
Escondido no feio, uma grata surpresa:
Como se desvenda de uma janela,
O feio se projeta sem tristeza!


(Jose Alfredo Evangelista)

Nenhum comentário:

Postar um comentário