quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

TROVAS E TROVÕES

Mentira tem perna curta
Verdade é sabedoria
Mentiroso surta
E perde a alegria


Carnaval é fantasia
Alegria de fachada
Prazer que extasia
Vida mascarada


Paixão proibida
É prazer enrustido
Vontade escondida
É perigo embutido


Língua felina
De cobra peçonhenta
Destila adrenalina
Na conduta nojenta



O valentão acha o que procura
Semeia discórdia e briga
No meio da sua loucura
Só espalha intriga


Imbecil e idiota
É o sujeito
Que ama agiota
E perde o conceito


Corno de travesseiro
De dia é enrustido
À noite é companheiro
Amante de travestido


Mulher chapada
É moinho sem vento
Sentada fica alterada
Em pé vira irmã de convento





No pega pra capar
Não fica um no salão
Todos querem escapar
Ou ir para o porão


Torcida no estádio
É caldeirão do diabo
Se o time perde
O sangue ferve


Discurso de político
Sempre tem promessa
Faz andar o paralítico
Que sem cadeira tropeça


Palavrão é esgoto da boca
E excremento da mente
Quando sai de cabeça oca
Vira um poluente





Espírito de porco
Alma do capeta
No caixão e morto
Na boca uma chupeta


Trovas e trovões
Estilo irreverente
Em fazer confusões
Sem deixar semente










Nenhum comentário:

Postar um comentário