terça-feira, 13 de junho de 2017

OS OLHOS DO TEMPO


Na volta do ponteiro
Marcou o calendário
Em fração de segundos.
Passou o que era antes;
Do agora nada resta
Senão uma vaga lembrança.

Aos olhos do tempo,
Tempo cego que nada vê.
O tempo urge no presente,
Com olhos no passado,
A espera do futuro.

Um segundo na eternidade
Já não é mais realidade!

Um tempo sem começo
Um tempo sem fim...
Apenas fração do ser...
Em algum lugar no espaço
Pensamento que vagueia;
Tempo que semeia...

Na existência permeia...
Olhos que não veem
O tempo passar...
A vida no vai e vem!

Mil anos num segundo.
Tênue linha divisória.
O alfa e ômega
Duma vida compulsória.

Jose Alfredo


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