OS OLHOS DO TEMPO
Na volta do ponteiro
Marcou o calendário
Em fração de
segundos.
Passou o que era
antes;
Do agora nada resta
Senão uma vaga
lembrança.
Aos olhos do tempo,
Tempo cego que nada
vê.
O tempo urge no
presente,
Com olhos no passado,
A espera do futuro.
Um segundo na
eternidade
Já não é mais
realidade!
Um tempo sem começo
Um tempo sem fim...
Apenas fração do ser...
Em algum lugar no
espaço
Pensamento que
vagueia;
Tempo que semeia...
Na existência
permeia...
Olhos que não veem
O tempo passar...
A vida no vai e vem!
Mil anos num segundo.
Tênue linha
divisória.
O alfa e ômega
Duma vida
compulsória.
Jose Alfredo
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