sexta-feira, 2 de junho de 2017

MATUTO


A paz se esconde lá onde o vento canta,
O sapé dança e o sabiá encanta!
Onde o riacho faz chuá nas corredeiras!
O matuto descansa seu alazão!
Repousa seu coração e ao fim do dia
Retorna ao rancho alegre...
Ao longe a fumaça branca e o aroma
Do café no bule e o bolo de fubá!

Lá está a paz no cachimbo do matuto
Que masca seu fuminho astuto,
Satisfeito com seu trabalho do dia
Na luta de mais uma porfia!

Lá está a paz... Olhar ao alto eleva sua prece!
A brisa suave da tarde desliza-lhe na face!
Respira fundo... Num cantinho do mundo!

Paz que te quero na noite que cai.
O cantar dos grilos anuncia o silêncio.
A lua prateada banha o sertão de prata.
Na riqueza benfazeja do matuto
Ele se prepara para mais um dia astuto!


Jose Alfredo Evangelista

Nenhum comentário:

Postar um comentário