MATUTO
A paz se esconde lá
onde o vento canta,
O sapé dança e o
sabiá encanta!
Onde o riacho faz
chuá nas corredeiras!
O matuto descansa
seu alazão!
Repousa seu coração
e ao fim do dia
Retorna ao rancho
alegre...
Ao longe a fumaça
branca e o aroma
Do café no bule e o
bolo de fubá!
Lá está a paz no
cachimbo do matuto
Que masca seu
fuminho astuto,
Satisfeito com seu
trabalho do dia
Na luta de mais uma
porfia!
Lá está a paz...
Olhar ao alto eleva sua prece!
A brisa suave da
tarde desliza-lhe na face!
Respira fundo... Num
cantinho do mundo!
Paz que te quero na
noite que cai.
O cantar dos grilos
anuncia o silêncio.
A lua prateada banha
o sertão de prata.
Na riqueza benfazeja
do matuto
Ele se prepara para
mais um dia astuto!
Jose Alfredo
Evangelista
Nenhum comentário:
Postar um comentário