O MAR NÃO ESTÁ PARA PEIXE

 

Ondas revoltas, lufadas de ventania, mar agitado...

O barco é açoitado e singra à deriva... Um vendaval

Sob nuvens escuras... Raios chispam cruzando ares!

Pesares vivenciais oprimem os mortais!...Cruciais...

 

Altas ondas entornam as embarcações, inundam-nas...

Peixes graúdos e miúdos fogem da superfície!

Tubarões rondam como predadores suas presas...

Surpresas de um mar que não está para peixes!

 

Naus fundeadas não se arriscam; Nos portos ficam

Ao sabor dos ventos e agitadas águas sinistras

Ameaçam navegantes e os levam a náufragos

Os incautos piratas que se arriscam na tempestade!

 

Potestades de Netuno assolam em mares bucólicos

As trevas marítimas travestem-se de monstros

Ameaçadores e carrancudos com ira repulsiva

A desabar sobre indefesos navegantes!

  

Essa é a vida pandêmica que nos envolve,

Estamos todos confinados na embarcação sem Norte

Nem bússola... Desorientados navegamos sem sorte!

Não há o aporte da paz e da esperança sem bonança!

 

Peixes miúdos engolfados por tubarões políticos...

Prosélitos analíticos infestam com discursos vazios

Seguidos e amados por antas e bugios sem nexo

Todos com complexo da verdade mentirosa e odiosa!

 

Mar de águas profundas... Náufragos vítimas de

Prosélitas tempestades... Ventanias que açoitam

Razões... Transmutam mentiras em verdades!

Peixes grandes engolindo os pequenos! Só veleidades!

 

Jose Alfredo - jornalista