segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

O CANTO DA CIGARRA

 

Sinistro canto das cigarras!

Nas suas amarras temporais

Atarracadas nas cascas,

Cantam seu canto lamento...

No seu devido tempo elas

Aparecem e desaparecem,

Após um lapso nas janelas

Das tardes... Lamentos ou

Alegrias?...  Vá saber? Mistérios!

 

Vê-se, que, seus cantos lamentam

Algo!... Inexplicáveis são seus gestos!

Cantam à toda força até secarem  e morrer!

A todo pulmão elas parecem elevar

Aos céus uma oração final louvando

O verão curto e quente! São eloquentes

Essas cigarrinhas, na curta vida

De cantos lamentos ou alegres!

 

Notáveis cigarras lamentam nas árvores

Choram ou riem da vida quente...

Caliente elas parecem  compreender

O seu súbito “de vir” à vida terrestre!

No cenário rupestre colada aos caules,

Expressam com vigor sua volúpia

Do rápido e célere cantar e o verão amar!

Deixam suas mensagens incompreensíveis...

E, partem  à outras esferas em outro cantar!

 

Jose Alfredo

 

 

 

 

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