MORTALHAS
Envoltos, e, prontos
para suas sepulturas
Peregrinam alguns
vivos/mortos rumo
Às suas covas... Não
servem para viver...
Sem reconhecer seus
destinos perambulam
Como zumbis pelos
atalhos, como macacos
De galho em galho
dependurados, como
Morcegos atrás de
sangue para, se alimentar!
Desnudos pela falta
de vergonha vestem-se
De suas mortalhas
enegrecidas pelos crimes...
Roupas velhas, e,
carcomidas pelas traças da vida!
Mascaram-se em
sudários remendados, e, suados
Pelas batalhas
perdidas em mentiras defendidas...
Sem pódios nem
troféus trocam os céus pelo
Tormento da morte
eterna sem guaridas!
Sepulcros vis destinados
aos zumbis desvairados
E, ao mal
obstinados... Indivíduos malfadados!
Mortalhas fétidas,
e, apodrecidas, empoeiradas,
De vidas
encalacradas pelos incautos pecados!
De existências indecentes,
e, irreverentes na
Petulância da
ignorância... Mortalhas são as
Circunstâncias de
suas vidas em ganâncias!
Jose Alfredo
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