terça-feira, 17 de novembro de 2020

 

MORTALHAS

 

Envoltos, e, prontos para suas sepulturas

Peregrinam alguns vivos/mortos rumo

Às suas covas... Não servem para viver...

Sem reconhecer seus destinos perambulam

Como zumbis pelos atalhos, como macacos

De galho em galho dependurados, como

Morcegos atrás de sangue para, se alimentar!

 

Desnudos pela falta de vergonha  vestem-se

De suas mortalhas enegrecidas pelos crimes...

Roupas velhas, e, carcomidas pelas traças da vida!

Mascaram-se em sudários remendados, e, suados

Pelas batalhas perdidas em mentiras defendidas...

Sem pódios nem troféus trocam os céus pelo

Tormento da morte eterna sem guaridas!

 

Sepulcros vis destinados aos zumbis desvairados

E, ao mal obstinados... Indivíduos malfadados!

Mortalhas fétidas, e, apodrecidas, empoeiradas,

De vidas encalacradas pelos incautos pecados!

De existências indecentes, e, irreverentes na

Petulância da ignorância... Mortalhas são as

Circunstâncias de suas vidas em ganâncias!

 

Jose Alfredo

 

 

 

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