O VAGALUME E O ET
Levitando alegre, livre e solto numa
noite de verão, o fogoso vagalume acendia e apagava freneticamente o seu
farolzinho de proa! Voava livremente por entre as plantas no seu pisca pisca.
Parecia um pequeno avião pronto a aterrissar dando sinais à pista do seu pouso!
Mas, eis que, ao longe, observou outra
luzinha sinalizando, o que , o intrigou e o deixou confuso, pois, poderia ser
outro companheiro de jornada naquela noite!
Aprumou seu voo naquela direção
esperando encontrar seu amiguinho! Quando a distância encurtou, pode ver e
sentir medo de uma engenhoca verde, toda de lata e com um possante pisca pisca,
que parecia cumprimenta-lo com sua luz!
Mais calmo e observador, e, ainda
pairando no ar, o nosso vagaluminho, tentou ainda assim, ter seu contato
imediato de terceiro grau!
Ascendeu e apagou intermitentemente seu
pequenino farol de proa... E para sua surpresa teve a mesma resposta daquela
coisa, que não era humana!
Em dado momento, a coisa emitiu um som
como querendo dar uma “boa noite” ao curioso vagalume! Ao que o nosso vagalume
não teve como dar o troco daquela sinalização amiga!
A coisa repetiu a conduta e não obtinha
resposta! Então o nosso bichinho luminoso se aproximou demasiadamente daquela
coisa estranha e de coloração esverdeada... E de repente, vapt... Fora sugada
para dentro e aprisionado!
Uma voz então disse-lhe: -“ Caro
terráqueo você tem como me ajudar a consertar o meu farol que está avariado”?
O vagalume então respondeu: -“Prezado
intruso do meu planeta: A luz que exibo faz parte do meu corpo e não posso
retirá-la, nem emprestá-la para esse conserto”!
Então a coisa agradeceu e liberou o
nosso vagaluminho que saiu voando, enquanto que, a coisa também decolou e sumiu
na escuridão daquela noite de verão!
Mas até hoje o vagalume, que, se
apaixonou pela coisa piscante vive voando e piscando pelos ares das noites de verão, na
esperança de encontra-la novamente!
Jose Alfredo
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