SANGUE ITALIANO

É vérita! Sou neto de italianos!

Corre em mim sangue europeu...

Cor de vinho tinto eu sinto!

Na forma de pensar eu consinto...

Como italiano concebo ideias

Que não sejam as panaceias

Das ignorâncias de outras instâncias!

É verita! Chamo-os de “nonos”

Vindos de Luca e Verona para

São Roque minha Terra natal...

Deixaram a longínqua Itália,

E, na Terra do vinho fincaram

Sua bandeira da antiga Gália!

Sou concebido na cultura italiana

De grande família provinciana

Nona Pierina de Verona,

Nono Alfredo, de Luca;

Família italiana e resoluta

Nas lides da uva e do vinho

Fizeram de mim apreciador

Do saboroso tinto provador!

É verita! Longo nasal de

Rosto afilado e longilíneo,

No caráter sou retilíneo!

De herança itálica, meu sangue

Ferve com as hipocrisias,

Que, hoje e aqui nos cercam!

Meus pés pisam em dois chãos:

No terrão brasílico amado pelos italianos...

No terrão itálico de heranças históricas!

Na ancestralidade itálica tenho berço

Cultural repassado pela saudosa mãe Antonieta,

De quem herdei gosto pela culinária:

Da pasta, macarrone e porpetone...

Regado a um tinto de saborosa uva!

Meu perfil italiano é a minha luva!

Jose Alfredo