sexta-feira, 29 de setembro de 2017

MESMICES E CHATICES DO FUTEBOL BRASILEIRO

Em cada jogo que assisto pela televisão, tenho observado a decadência técnica do nosso futebol, quer seja na Série A, B, C ou D. As mesmices e chatices do jogo mostram bem a falta de nível do futebol brasileiro com relação ao europeu.
O jogo em profundidade e com velocidade passou a ser privilégio somente dos europeus que apresentam uma técnica refinada, coisa que era exclusiva apenas do Brasil.
Hoje, em cada jogo posso perceber as seguintes chatices ou mesmices do nosso pobre futebol, sem brilho, nem técnica e muito menos, sem individualidades dos craques que desapareceram.
1.      Passes, que podemos dizer, fundamentais e elementares, apresentam deficiências e imprecisão. Preste atenção nos jogos a quantidade de passes errados.
2.      No quesito “bolas centradas para dentro da grande área, considerada a zona de gol, a coisa piora”; Na maioria das vezes, 95% das bolas alçadas, não tem direção certa e quase todas, principalmente se forem da direita ou da esquerda da grande área, vão bater e são interrompidas pelos zagueiros de primeiro pau ou que estão em primeiro plano, além de que, os levantamentos são em sua maioria baixos ou quase rasteiros ou quando sempre, passam bem altos pelos limites do gol. Os jogadores atacantes que sempre o executam, mais parecem que precisam botar os pés na forma!
3.      Os meio campistas hoje se limitam a cercar a grande área com movimentação de meia lua, ou seja, eles rolam a bola, ora para esquerda, ora para a direita, sem nenhum sentido de profundidade ou de penetração.
4.      O péssimo costume de todos os jogadores que sofrem faltas levantam os braços acintosamente contra o árbitro e insuflam a torcida contra ele.
5.      Da mesma forma, os técnicos se manifestam de uma forma desiquilibrada contra os árbitros, passando para seus jogadores, o desequilíbrio e a intranquilidade de seus comandados.
6.      O “Fair-play” passou a ser coisa estúpida, e, sem obrigatoriedade entre os profissionais, que, distorcem o seu verdadeiro sentido, na demonstração de  educação esportiva além de cultura do companheirismo entre atletas.
7.      A simulação de falta sofrida (principalmente nos pênaltis) virou banalidade por parte da maioria dos jogadores atacantes que se jogam em cenas ridículas para confundir os árbitros na marcação da falta penal.
8.      O excessivo jogo retrancado enfeia a plástica do futebol quando a maioria dos times, incluindo agora, os grandes (O São Paulo usa esse expediente para contra atacar).
9.      As linhas de atacantes confundem-se sempre com as táticas pelas extremas e pelos meios. Não há efetividade de jogo pelas extremas e uma concentração inócua do centro avante que sempre esbarra e perde suas ações para os zagueiros de área e de meio dos sistemas defensivos.
10.   Uma consideração também deve ser feita, com relação às péssimas arbitragens, cujos juízes, em raríssimas exceções, são de baixo nível. Marcam faltas inexistentes; não marcam faltas vergonhosas; Não tem critérios nas mostras dos cartões; Perdem-se facilmente durante o jogo quando sofrem pressões exacerbadas dos jogadores e técnicos.
11.   E por fim, a baixa qualidade do futebol apresentada dentro das quatro linhas também faz reflexos fora delas. As torcidas mal educadas esportivamente estão longe da cultura apresentada pelos europeus. Com requintes de violência exposta, agridem-se, quebram os patrimônios dos estádios, enfrentam a polícia e sequer ficam em pé para o devido respeito ao nosso Hino Pátrio!

Por tudo isso exposto, fica uma dúvida quanto ao sucesso da Seleção Brasileira de futebol, após o fiasco da última Copa com a goleada estapafúrdia para a Alemanha!
Afinal, entendo que a expressão máxima do nosso futebol, ainda está na seleção que congrega os melhores atletas e assim, em tese, reúne toda a arte futebolística que o Brasil, por muito tempo dominou sobre o planeta.

Jose Alfredo - Jornalista



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