MESMICES E CHATICES DO FUTEBOL
BRASILEIRO
Em
cada jogo que assisto pela televisão, tenho observado a decadência técnica do
nosso futebol, quer seja na Série A, B, C ou D. As mesmices e chatices do jogo
mostram bem a falta de nível do futebol brasileiro com relação ao europeu.
O
jogo em profundidade e com velocidade passou a ser privilégio somente dos
europeus que apresentam uma técnica refinada, coisa que era exclusiva apenas do
Brasil.
Hoje,
em cada jogo posso perceber as seguintes chatices ou mesmices do nosso pobre
futebol, sem brilho, nem técnica e muito menos, sem individualidades dos
craques que desapareceram.
1.
Passes,
que podemos dizer, fundamentais e elementares, apresentam deficiências e imprecisão.
Preste atenção nos jogos a quantidade de passes errados.
2.
No
quesito “bolas centradas para dentro da grande área, considerada a zona de gol,
a coisa piora”; Na maioria das vezes, 95% das bolas alçadas, não tem direção
certa e quase todas, principalmente se forem da direita ou da esquerda da
grande área, vão bater e são interrompidas pelos zagueiros de primeiro pau ou
que estão em primeiro plano, além de que, os levantamentos são em sua maioria
baixos ou quase rasteiros ou quando sempre, passam bem altos pelos limites do
gol. Os jogadores atacantes que sempre o executam, mais parecem que precisam
botar os pés na forma!
3.
Os
meio campistas hoje se limitam a cercar a grande área com movimentação de meia
lua, ou seja, eles rolam a bola, ora para esquerda, ora para a direita, sem
nenhum sentido de profundidade ou de penetração.
4.
O
péssimo costume de todos os jogadores que sofrem faltas levantam os braços
acintosamente contra o árbitro e insuflam a torcida contra ele.
5.
Da
mesma forma, os técnicos se manifestam de uma forma desiquilibrada contra os
árbitros, passando para seus jogadores, o desequilíbrio e a intranquilidade de
seus comandados.
6.
O
“Fair-play” passou a ser coisa estúpida, e, sem obrigatoriedade entre os
profissionais, que, distorcem o seu verdadeiro sentido, na demonstração de educação esportiva além de cultura do
companheirismo entre atletas.
7.
A
simulação de falta sofrida (principalmente nos pênaltis) virou banalidade por
parte da maioria dos jogadores atacantes que se jogam em cenas ridículas para
confundir os árbitros na marcação da falta penal.
8.
O
excessivo jogo retrancado enfeia a plástica do futebol quando a maioria dos
times, incluindo agora, os grandes (O São Paulo usa esse expediente para contra
atacar).
9.
As
linhas de atacantes confundem-se sempre com as táticas pelas extremas e pelos
meios. Não há efetividade de jogo pelas extremas e uma concentração inócua do
centro avante que sempre esbarra e perde suas ações para os zagueiros de área e
de meio dos sistemas defensivos.
10.
Uma
consideração também deve ser feita, com relação às péssimas arbitragens, cujos
juízes, em raríssimas exceções, são de baixo nível. Marcam faltas inexistentes;
não marcam faltas vergonhosas; Não tem critérios nas mostras dos cartões;
Perdem-se facilmente durante o jogo quando sofrem pressões exacerbadas dos
jogadores e técnicos.
11.
E
por fim, a baixa qualidade do futebol apresentada dentro das quatro linhas
também faz reflexos fora delas. As torcidas mal educadas esportivamente estão
longe da cultura apresentada pelos europeus. Com requintes de violência
exposta, agridem-se, quebram os patrimônios dos estádios, enfrentam a polícia e
sequer ficam em pé para o devido respeito ao nosso Hino Pátrio!
Por tudo isso exposto, fica uma
dúvida quanto ao sucesso da Seleção Brasileira de futebol, após o fiasco da
última Copa com a goleada estapafúrdia para a Alemanha!
Afinal, entendo que a expressão
máxima do nosso futebol, ainda está na seleção que congrega os melhores atletas
e assim, em tese, reúne toda a arte futebolística que o Brasil, por muito tempo
dominou sobre o planeta.
Jose Alfredo - Jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário