terça-feira, 4 de julho de 2017

ESTRANHAS FACETAS


Difusa luz imanente põe-se no poente.
Lapso ocaso terminal de todo o mal.
Caminho findo de túnel fundo.
Apocalipse apoteótico de fim do mundo...
Destino de tudo ao nada...
Vidas difamadas! Amaldiçoadas...
Apregoadas de infames propósitos
De desertos áridos sem horizontes.
Desmontes desumanos e insanos!
Carcomidas visões de falsos oásis...

Páginas em branco que nada dizem
De palavras mudas e visões cegas...
Omissos seres mortais e marginais...
Que nada buscam nem alimentam;
De vidas secas e amorfas
Nada plantam em suas hortas...
Ausente felicidade de desumanidade;
Cérebros acéfalos de seres insepultos;
Errantes zumbis sem pingos nos is!

Jose Alfredo



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