O RETORNO

Oxalá pudesse confiar na divina providência

Escorar-me no suporte da fé... Às últimas consequências até!

Enfrentar as ondas do mar revolto da existência com sapiência!

Oxalá tenha a fortaleza da temperança em sólida aliança

E não sucumbir às tentações do maligno...

Pois, tudo posso naquele que me é benigno!

Oxalá possa pisar num chão de estrelas e deliciar-me

Como num sonho cintilante na abóboda celeste

Correndo como um corcel em galope agreste

Montado sobre o dorso da lua em direção ao sol

Livre e solto... De alma lavada e santificada!

Oxalá encontre as boas vindas ao fim do túnel

Abandonando as trevas... Escapando das quedas

Encontrando a luz que ama e restaura o coração

Oxalá ache as portas abertas de um céu anil

A contemplar a graça em oblação e adoração!

E ao entrar seja acolhido ao som de harpas

Por anjos esvoaçantes e brilhantes

No abraço paternal do Criador

Aconchegar-me no seu doce recato

E dizer-lhe: - “Eis-me aqui, Senhor”!

Jose Alfredo