sexta-feira, 29 de julho de 2016

PALAVRAS


Desconexas da razão
E jogadas ao ar,
Flutuam de arrastão
As palavras em vão...
Saem da boca para fora
E não sentem do coração
O equilíbrio que aflora...

Vomitadas depois de ruminadas,
As palavras jogadas ao léu,
Ferem e machucam desvairadas
Nos limites da insensatez e
São a cara da estupidez!

Formuladas pelo orgulho;
Alimentadas pela soberba e
Fermentadas com entulho;

Palavras como armas...
Atiradas pelo cano da boca,
Zunem no ar da maldade;
Assassinam a bondade!

Palavras carregadas com pólvora
Do ódio da intolerância...
Deflagram a cápsula da ignorância...
Infestam a sã convivência!

Palavras que vociferam o mal...
Palavras jogadas ao léu...
Palavras sem peso moral
Palavras que não tem troféu!

Jose Alfredo




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