sexta-feira, 29 de julho de 2016


DEPOIS...



Depois de minhas labutas existenciais
Só quero o silêncio glorioso do céu anil
E a paz cristalina e quieta dos coqueirais
Nas alvas areias de brisa veranil

Depois dos caminhos espinhosos
Só quero um cantil de água fresca
E sorver o líquido da esperança
Num quadro de alegria pitoresca!

Depois de abundantes lágrimas sentidas
Seco os olhos com os lenços da alegria
E me derramo em gargalhadas desmedidas
Acordo da paralisante letargia!

Depois de uma grande decepção
Levanto-me da queda
Empunho a bandeira da razão
E minha fé dela se apieda!

Depois da tempestade
Abraço a bonança
Encho-me de vontade
E busco a temperança!



Jose Alfredo

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